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Políticos de Joinville publicam mensagens celebrando a ditadura militar

Manifestações foram feitas no dia em que o início do regime completou 58 anos

Políticos de Joinville publicam mensagens celebrando a ditadura militar

Manifestações foram feitas no dia em que o início do regime completou 58 anos

Lucas Koehler

O deputado estadual Sargento Lima e o deputado federal Coronel Armando, ambos do PL e de Joinville, utilizaram as redes sociais para exaltar a ditadura militar na última quinta-feira, 31, data em que marca os 58 anos do início dos “anos de chumbo”.

Sargento Lima publicou uma imagem com um trecho do discurso de posse de Castelo Branco, em 1964, primeiro militar a presidir o Brasil durante o regime. Além disso, a arte ilustra imagens dos cinco ditadores do período: além de Castelo Branco, há referência às figuras de Costa e Silva, Emilio Médici, Ernesto Giesel e João Batista Figueiredo.

Já Coronel Armando escreveu que “o 31 de março de 1964 será sempre lembrado, quando dissemos ‘não’ ao comunismo. É um marco histórico da evolução política brasileira, refletiu os anseios e as aspirações da população da época.”

O político ainda complementou dizendo que “hoje, mais uma vez, reconhecemos o papel desempenhado por civis e por militares”.

MPF pede remoção de nota do Ministério da Defesa

Ainda na quinta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) reiterou o pedido de liminar, realizado em fevereiro, para que a União deixe de fazer publicações em celebração ao golpe militar de 1964.

Na mesma data, o Ministério da Defesa publicou em seu site Ordem do Dia, assinada pelo ministro da Defesa, general Braga Netto, uma nota celebrando a data que iniciou o período da ditadura militar. O MPF pede a remoção imediata do conteúdo.

O pedido de retirada urgente da nota aguarda decisão da Justiça.

Ditadura Militar no Brasil

Os anos de chumbo, como ficou conhecido o período da ditadura militar, aconteceu entre 1964 e 1985.

Em 2014, durante atividade da Comissão Nacional da Verdade, manifestantes homenagearam mortos e desaparecidos, vítimas da ditadura militar | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) confirmou, em seu relatório final, 434 mortes e desaparecimentos de vítimas da ditadura no país. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas.

O regime militar também censurou artistas, músicas e outras formas de arte, além de proibir manifestações e partido políticos de oposição.


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