Por apoiar ato pró-Bolsonaro, policial de Joinville pode ser investigado pela Corregedoria da PM

Polícia Militar diz que sargento não poderia se manifestar politicamente usando símbolos da corporação

Por apoiar ato pró-Bolsonaro, policial de Joinville pode ser investigado pela Corregedoria da PM

Polícia Militar diz que sargento não poderia se manifestar politicamente usando símbolos da corporação

Lucas Koehler

Após instalar outdoors convocando a população para manifestação pró Jair Bolsonaro (sem partido), marcada para a próxima terça-feira, 7, o sargento da reserva da Polícia Militar (PM) de Joinville, Paulo Ramos, de 50 anos, pode ser investigado pela Corregedoria Geral da corporação de Santa Catarina.

Isso porque o policial da reserva da PM está em uma peça publicitária, inclusive, usando a farda da corporação militar, o que segundo a assessoria da polícia, é proibido.

Procurado pela reportagem do jornal O Município Joinville, Paulo afirma que é um dos organizadores da manifestação em apoio ao presidente Bolsonaro, que será realizada na Praça da Bandeira, região central de Joinville.

Ele afirma não ver problemas em expor sua opinião, já que não é um policial da ativa, e que a foto é antiga, de quando ainda não estava na reserva. A PM, porém, ressalta que, neste caso, ele está utilizando a imagem da corporação para fazer propaganda política que não representa a instituição.

Além disso, o sargento ainda destaca que utiliza as redes sociais para se manifestar. “Tenho o direito de me posicionar. Só não posso usar foto minha no ambiente de trabalho”, diz. No Facebook, Paulo tem cerca de 5 mil contatos adicionados. No perfil, o policial publica fotos, vídeos e mensagens políticas, defendendo o chefe do executivo brasileiro. Inclusive com convocações para protestos.

Nas redes sociais, Paulo Ramos tem fotos e vídeos em apoio a Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução/Redes sociais

Em nota, a Polícia Militar de Santa Catarina destaca que a instituição tem posicionamento isento e sem nenhum tipo de encaminhamento ideológico ou político à corporação.

“No entanto, o policial militar não deve entrar em discordância com alguns dispositivos previstos no Regulamento Disciplinar da PM-SC, como manifestar-se, publicamente, a respeito de assuntos políticos ou tomar parte, fardado, em manifestações da mesma natureza, bem como, usar o uniforme, quando de folga, se isso contrariar ordem de autoridade competente”, diz a nota.

O caso de Paulo Gomes deve ter um processo instaurado pelo comando regional e analisado pela Corregedoria Geral. A análise, porém, não deve ser finalizada até o dia 7 de Setembro, data em que a manifestação pró Bolsonaro será realizada.

Em 2020, o policial se candidatou a vereador de Joinville pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obteve 1.129 votos, porém, não foi eleito.

Confira a nota da PM-SC na íntegra:

“A Polícia Militar de Santa Catarina reafirma o seu posicionamento isento e sem nenhum tipo de encaminhamento ideológico ou político à corporação.

No entanto, o policial militar não deve entrar em discordância com alguns dispositivos previstos no Regulamento Disciplinar da PMSC, como manifestar-se, publicamente, a respeito de assuntos políticos ou tomar parte, fardado, em manifestações da mesma natureza, bem como, usar o uniforme, quando de folga, se isso contrariar ordem de autoridade competente.

Os casos que forem assim identificados, serão devidamente encaminhados à Corregedoria Geral da PMSC.

Centro de Comunicação Social (CCS) da Polícia Militar de Santa Catarina”


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