Praça da Bailarina, no Centro de Joinville, será inaugurada neste domingo
Praça terá estátua de uma bailarina em tamanho real
Praça terá estátua de uma bailarina em tamanho real
O título de “Capital Nacional da Dança” conquistado por Joinville ganha mais um espaço de celebração com a inauguração da Praça Bailarina Liselott Trinks, que ocorre neste domingo, 15, às 19h. Localizada no cruzamento da Avenida Juscelino Kubitschek com a rua 9 de Março, a nova praça será mais um atrativo para o Centro da cidade e terá como destaque a estátua de uma bailarina em tamanho real.
A solenidade terá a apresentação especial de bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Para a montagem da estrutura do evento, o trânsito na rua Visconde de Taunay, no trecho entre a rua Pedro Lobo e a avenida Juscelino Kubitschek, será interditado a partir das 21h desta sexta-feira, 13, e liberado na segunda-feira, 16, a partir das 12h.
A joinvilense Thaís Diógenes, que em 2011 se formou na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e hoje é professora na instituição, foi a modelo para a confecção da peça. A partir do protótipo, o monumento foi confeccionado com a aplicação de tecnologia aditiva a laser, uma espécie de impressão em 3D feita com metal.
Considerada de ponta e referência mundial, a tecnologia é aplicada na produção de peças e componentes para indústrias de diferentes setores. Apenas a impressão do monumento levou 1.690 horas. Não há registro de monumento em área pública feito com esta metodologia em nenhum lugar do mundo.
A estátua está afixada no centro de um espelho d’água cuja superfície tem acabamento de concreto vassourado, ou seja, ranhuras que conferem uma textura diferenciada, com aspecto artesanal.
Além dos detalhes e do realismo dos contornos, o monumento terá sua beleza enaltecida pelo chafariz iluminado que dará forma à saia da bailarina. Para o funcionamento da fonte, um sistema hidráulico exclusivo foi desenvolvido com base nas medidas de altura, circunferência e design da estátua.
Completando o espaço de contemplação, a praça de 481 m² de área, conta com mobiliário urbano com bancos, floreiras, defensas metálicas e iluminação.
Mais do que um espaço urbanístico revitalizado, a Praça Bailarina Liselott Trinks representa a simbiose entre duas importantes referências de Joinville: a indústria e a dança.
A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano (Sepur), foi responsável pela concepção do projeto arquitetônico. Já a Secretaria da Infraestrutura Urbana (Seinfra) desenvolveu os projetos complementares. A Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), por sua vez, também colaborou na concepção do monumento.
O projeto da bailarina foi desenvolvido com a parceria da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e Senai-SC.
O monumento também tem o patrocínio das empresas Netzsch Proven Excellence, de Pomerode, que desenvolveu o projeto hidráulico do chafariz; e da sueca Höganäs fornecedora do pó metálico utilizado como matéria-prima, além das empresas Integra Laser, Sew Eurodrive.
O monumento da bailarina foi confeccionado em partes, em uma impressora que pertence ao Senai-SC e fica instalada no prédio, na Zona Norte de Joinville. Após a impressão, as peças foram soldadas, tornando realidade o monumento que havia sido planejado. Posteriormente foram feitos os testes para funcionamento do chafariz que forma a saia da bailarina.
A construção da Praça Bailarina Liselott Trinks, onde o monumento está instalado, teve investimento da Prefeitura de Joinville no valor de R$405 mil. A execução é assinada pela L L Soluções e Serviços Ltda., empresa vencedora da licitação.
A dança se faz presente em Joinville desde a chegada dos primeiros imigrantes, em 1851. Mas foi a partir do talento de uma jovem bailarina que a cidade começou a admirar e vivenciar a dança.
Liselott Trinks nasceu em Joinville, em 21 de março de 1914. Foi aluna de Maria Olenewa, um dos grandes nomes do balé mundial e que mudou a história da dança no Brasil. Liselott estudou na Alemanha e retornou para Joinville já como professora.
Em 1958, com a fundação daquela que, no futuro, se tornaria a Sociedade Harmonia Lyra, fortaleceu suas atividades no mundo da dança, com a manutenção de uma escola de dança e de um corpo de bailado.
Nas comemorações ao centenário de Joinville, reuniu mais de 80 bailarinos em um espetáculo que ficou marcado na história.
Em 1965, na Sociedade Ginástica de Joinville, participou da fundação da Escola de Ballet. Em 1974, criou o Festival de Bailados, que precedeu o Festival de Dança. Atuou com dança até o fim dos anos de 1970 e faleceu em maio de 1987.
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