Preço do leite: entenda o que motivou aumento nas últimas semanas

Santa Catarina é estado com maior variação de preço médio

Preço do leite: entenda o que motivou aumento nas últimas semanas

Santa Catarina é estado com maior variação de preço médio

Redação O Município Joinville

O preço do leite se tornou um dos assuntos mais comentados da internet – e dos corredores dos supermercados – nas últimas semanas. Apesar de o valor do produto naturalmente subir na entressafra, que ocorre entre abril e junho, outros pontos impactaram a bebida recentemente.

Santa Catarina é o estado brasileiro com maior variação mensal do preço líquido médio. Enquanto a média brasileira é de 4,84%, o estado registra um índice de 8,89%.

De acordo com a média levantada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do leite captado subiu 4,4% em maio de 2022, comparado ao mês anterior.

Em relação a maio do ano passado, o aumento é de 11,8%. Desde janeiro, o leite no campo acumula valorização real de 14,5%. As pesquisas do Cepea ainda apontam que neste mês de junho o aumento deve ser de 5%, e que não há previsão de parar de subir. Em algumas regiões brasileiras, os relatos foram de preços entre R$ 7 e R$ 10.

Problemas combinados

A entressafra do leite é caracterizada pelo clima seco, que prejudica a disponibilidade e a qualidade das pastagens. Junto dela, os efeitos do fenômeno La Niña e o aumento nos custos de produção foram os grandes responsáveis pelo disparo nos preços.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que mensalmente produz o Boletim do Leite, explicou que a combinação desses fatores foi o que causou os preços que assustaram os consumidores.

A pesquisadora do Cepea Natália Grigol explica que, como o La Ninã está em seu segundo ano consecutivo, os produtores ainda não conseguiram se recuperar da estiagem de 2021. O fenômeno ocorre quando as águas do Oceano Pacífico resfriam.

 “Além disso, os elevados custos de produção com diversos insumos da atividade vêm pressionando as margens dos pecuaristas desde o ano passado, complicando os investimentos de longo prazo – o que tem reduzido o potencial de recuperação da oferta
mesmo diante do aumento dos preços pagos ao produtor”, enfatiza a pesquisadora.
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