Prédio anexo do Museu Arqueológico de Sambaqui com mais de 100 mil peças de acervo é inaugurado em Joinville

Edificação de três pavimentos teve investimento de R$ 2,7 milhões

Prédio anexo do Museu Arqueológico de Sambaqui com mais de 100 mil peças de acervo é inaugurado em Joinville

Edificação de três pavimentos teve investimento de R$ 2,7 milhões

Redação O Município Joinville

Nesta terça-feira, 27, ocorreu a inauguração do anexo do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ), que passará a abrigar a reserva técnica, onde serão guardadas mais de 100 mil peças do acervo que não estão em exposição, laboratórios, área administrativa, coordenação, além de sala de reunião e sala de arqueologia, museologia e educativo. Os espaços expositivos permanecem no prédio atual e estão abertos a visitação.

Para a construção da edificação de três pavimentos foram investidos R$ 2,7 milhões. A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), investiu R$ 1.528.969,02, e o Instituto Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), viabilizou R$ 1.250.000,00.

Também foram investidos R$ 112 mil, com recursos da Prefeitura, para a revitalização da calçada, mudança das esquadrias da edificação existente, pintura, entre outras melhorias relacionadas à manutenção predial. Com isso, o acervo do MASJ pode dobrar de tamanho.

O prefeito Adriano Silva lembrou que a região do Museu de Sambaqui é frequentemente afetada por enchentes e, com o anexo, será possível manter o acervo salvaguardado.

“Este é um momento de pensarmos naqueles que habitaram aqui há muitos anos atrás e em quem nós seremos daqui alguns anos. Nossa função é preservar o passado e pensarmos no legado que está sendo construído por nós”, afirma.

O projeto de arquitetura contemporânea foi desenvolvido pela Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc). A fachada principal do museu possui brises, que auxiliarão no conforto térmico e também na iluminação dos espaços.

Prefeitura de Joinville/Divulgação

Passado recheado de história

Segundo a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Regina Helena Meirelles Santiago, o MASJ é uma das principais instituições que atuam na guarda e pesquisa de materiais arqueológicos em Santa Catarina e se destaca por seu trabalho de dar visibilidade ao público sobre a arqueologia, concentrando-se nos povos construtores de sambaquis, que viveram na região há mais de 5 mil anos.

“Por entender a importância de ampliar essa capacidade expositiva e de pesquisa, o Iphan destinou recursos de compensação de licenciamento ambiental para a construção do novo edifício anexo. Estamos muito satisfeitos em ajudar a elevar ainda mais sua capacidade expositiva e sua atuação na preservação e pesquisa de acervos”, afirma.

O secretário da Secult, Guilherme Gassenferth, destaca que a história de Joinville se inicia pelos povos originários, especialmente os sambaquianos.

“A ampliação do Museu de Sambaqui garante futuro a este acervo tão rico e dá mais estrutura para permitir as pesquisas de nossa equipe técnica, que desvendam cada vez mais essa rica cultura tão presente em nossos sítios arqueológicos”, ressalta.

Segundo ele, com a inauguração do novo anexo, sendo um espaço acessível e moderno, será possível continuar respeitando o passado e dialogando com o presente.

“A equipe está higienizando, catalogando e digitalizando os registros de cada uma das 100 mil peças que compõem o acervo. Elas não serão apenas transportadas para o novo prédio, mas aproveitaremos a oportunidade para aprofundar e aprimorar ainda mais o que sabemos do nosso passado”, completa.

Com 858,50 m² de área construída, no térreo do anexo do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) ficam as áreas de apoio, como depósito, banheiros para os funcionários e estacionamento fechado. O primeiro pavimento abriga as áreas especializadas, incluindo laboratórios, depósito de acervo e almoxarifado. Já o segundo andar, é destinado às atividades de pesquisa, gestão administrativa e atendimento dos servidores.

História do MASJ

Em outubro, o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) fará 53 anos e ao longo da história busca preservar os vestígios de populações pré-coloniais. Ele foi criado após a Prefeitura comprar a coleção arqueológica de Guilherme Tiburtius com mais de 12 mil peças vindas do litoral norte catarinense e sul paranaense. Artefatos arqueológicos em pedra, ossos humanos e de animais, conchas e também peças etnográficas – cerâmica, cestaria, flechas, fotografias, assim como todos seus registros escritos, fazem parte da coleção.

O MASJ vive em constante crescimento dos acervos, seja por doações particulares, pesquisas arqueológicas e descobertas de novos sítios, e atua na proteção do patrimônio arqueológico municipal e regional, guardando os materiais arqueológicos da região. São mais de 100 mil artefatos que evidenciam a cultura e o estilo de vida dos povos originários e indígenas.

Atualmente, duas exposições estão abertas ao público: “Acervos do sambaqui: coisas a olhar” e “Sambaquis: monte de conchas, monte de histórias”. O Museu fica na rua Dona Francisca, 600, no Centro de Joinville. Funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, e o acesso é gratuito. É possível fazer um tour virtual pelo site do MASJ.

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