Prefeitura realiza ações para prevenir epidemia de dengue em Joinville
Cerca de 66% dos focos estão concentrados em residências
Cerca de 66% dos focos estão concentrados em residências
A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria da Saúde (SES), divulgou o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa). O estudo é feito duas vezes ao ano e enviado para o Ministério da Saúde.
Nesta edição, foram realizadas 5.796 inspeções em imóveis e identificados 164 focos do mosquito Aedes aegypti. Com isso, a cidade foi classificada com grau de risco médio para a transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus.
Assim como no levantamento anterior, as residências são o principal foco do mosquito Aedes aegypti, representando 66% dos locais verificados. “Por isso é muito importante a participação das pessoas no sentido de olhar para o seu quintal, verificar se existe algum possível foco”, alerta o secretário da Saúde de Joinville, Andrei Kolaceke.
De acordo com Kolaceke, os resultados obtidos pelo Liraa indicam a probabilidade de uma nova epidemia neste ano, já que toda a cidade está infestada pelo mosquito. Ele explica que Joinville possui como característica uma distribuição heterogênea da dengue.
“Em 2020, a dengue prevaleceu na região Leste de Joinville. Em 2021, o grande número registrado foi na zona Sul. Já em 2022, o número de casos se concentrou no bairro Costa e Silva, na região Norte. Ou seja, o mosquito já colonizou a cidade e não é possível dizer que existem regiões livres da doença”, afirma o secretário.
Em 2022, Joinville teve 21.304 casos de dengue e 19 óbitos. Diante de um possível novo aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde reitera a importância da eliminação de focos para evitar a proliferação do Aedes aegipty.
Para este ano, a Secretaria de Saúde destaca como novidade no enfrentamento à dengue, o acompanhamento dos pacientes já diagnosticados com a doença, especialmente em possíveis casos de agravamento, até que ele esteja efetivamente recuperado.
“Paralelamente, vamos reforçar a importância da hidratação. É fundamental que o paciente se mantenha hidratado, pois é isso que efetivamente impede o agravamento da doença”, completa o secretário.
Além disso, a Secretaria da Saúde vem desempenhando diversas ações de combate e eliminação de focos. Entre elas, está o uso de 897 estações disseminadoras de larvicida que estão atualmente espalhadas pela cidade. Com essa tecnologia, o próprio mosquito dissemina o veneno nos criadouros naturais. Matando as larvas e impedindo a proliferação do mosquito.
Com o mesmo objetivo, a SES atua realizando a eliminação mecânica de focos. Com a remoção de depósito de água parada em terrenos baldios e imóveis públicos.
Ainda assim, a população possui papel fundamental na prevenção à dengue. “As condições de limpeza, a redução de resíduos sólidos e o recolhimento de lixo também interferem na proliferação do Aedes aegypti. Da mesma forma como a eliminação de qualquer recipiente que possa acumular água.”, completa o secretário.
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