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Preocupada com segurança, comunidade pede lombada na Rui Barbosa, em Joinville

No início do mês de outubro, um homem de 26 anos morreu em um acidente de trânsito no local

Empresas e moradores da rua Rui Barbosa, no bairro Costa e Silva, estão há mais de dois anos pedindo por uma lombada na via. Em outubro, um homem morreu em um acidente de trânsito no local. Após o ocorrido, um morador buscou a reportagem do jornal O Município Joinville e relatou a preocupação da comunidade com a segurança na rua.

Segundo os moradores, os acidentes na rua são comuns. Embora sejam raras as ocasiões fatais, a rua é considerada perigosa por quem precisa passar por ali diariamente.

A comunidade já se mobilizou de formas diferentes para solicitar uma faixa elevada no local. Um condomínio de prédios já enviou pedidos pela Ouvidoria da Prefeitura de Joinville e uma empresa fez um abaixo assinado com estabelecimentos e moradores da rua em 2020. A resposta é a mesma: não há prazo de execução.

Segundo a Prefeitura de Joinville, a medida para reduzir os acidentes no local seria a instalação da faixa elevada, mas não há data definida para implementação.

Relatório fornecido pelo Corpo de Bombeiros de Joinville mostra que 18 acidentes de trânsito foram atendidos na rua em 2022. De novembro de 2019 até novembro de 2021, foram 14 acidentes atendidos. No mesmo período, de 2020 a 2021, foram registrados 18 atendimentos no local pelos bombeiros. E de novembro de 2021 até novembro de 2022, foram 19 casos.

Moradores em perigo

Síndico de um prédio na rua Rui Barbosa, Nilo Moroske, 46 anos, conta que os moradores se sentem inseguros até para sair de casa. “Acidentes leves todos os meses, mais graves uns três, quatro por ano é garantido”, explica Nilo.

Os moradores do Condomínio Attività pedem a faixa elevada há alguns anos, Já registraram na Ouvidoria da prefeitura e até pediram para os vereadores. Isso tudo antes mesmo de uma escola ser instalada próximo ao condomínio e aumentar a preocupação na região.

Jean Carlos, residente de um dos apartamentos, conta que após a chegada da escola Querubim acreditou que seria mais fácil conseguir a faixa elevada. A esposa dele sofreu um acidente de trânsito ao sair de casa há cerca de sete anos. “A pessoa que estava dirigindo conseguiu frear, mas acabou tendo a colisão, ninguém se machucou, foi só bens materiais mesmo”, explica o morador. “A gente mora ali faz dez anos, a gente já presenciou alguns acidentes”, complementa.

O diretor da escola, Cristiano, também assinou o abaixo-assinado organizado pelo Condomínio Industrial Benk, que fica na rua. “Assinamos por entender como um benefício para a comunidade geral”, justifica.

O documento foi assinado por pelo menos 20 empreendimentos e pessoas da rua.

Curva perigosa

O local para a faixa seria próximo à curva que faz esquina com a rua Senador Petrônio Portela, segundo solicitado pelo abaixo-assinado. No texto é explicado que, além da escola, caminhões das cerca de 20 indústrias que ficam na rua Senador Petrônio Portela circulam com frequência pela rua Rui Barbosa, que dá acesso à BR-101.

A proposta apresentada prevê a instalação das lombofaixas em frente aos números 576 e 470. Na resposta encaminhada pela prefeitura à época, por meio do Departamento de Trânsito (Detrans), os técnicos explicam que a instalação nestes locais não pode ocorrer pela proximidade com a curva.

Reprodução

“Finalizadas as vistorias, informamos que foi considerada viável tecnicamente a implantação de uma faixa elevada no número 470, em frente ao acesso da Escola Querubim, conforme imagem anexada [no abaixo-assinado]. Referente ao número 576, têm-se a dizer que o local fica em trecho de curva, não sendo possível implantar a sinalização de advertência com distância segura, e dessa forma não há viabilidade técnica para a sua implantação.”, diz no e-mail de resposta da Seinfra.

Embora a implantação da faixa elevada seja a medida pensada pela prefeitura para diminuir o volume de acidentes e aumentar a segurança, não existe previsão para a obra.

“A medida pensada é a mesma da resposta que receberam, a faixa elevada. O que ainda não temos é a data de implementação”, afirma a Prefeitura de Joinville.

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