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Presidente do Sinsej é ameaçada de morte após denúncia de condições precárias de trabalho em obra de Joinville

Jane Becker precisou ser hospitalizada após sofrer crise de ansiedade

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) Jane Becker sofreu uma ameaça de morte na manhã desta quinta-feira, 2. O caso aconteceu após o sindicato denunciar condições precárias de trabalho em uma obra pública do município.

Segundo a advogada de Jane, Andreia Rochi, a presidente do Sinsej estava dirigindo quando parou em um semáforo e um motociclista se aproximou da janela do carro e perguntou se ela queria morrer.

Andreia conta que em um primeiro momento, Jane pensou que o motociclista estaria reclamando de algo que aconteceu no trânsito. Porém, na sequência ele falou que se ela “não parasse de se meter no que não deve”, seria morta. A advogada associa a ameaça com a denúncia realizada pelo Sinsej.

Jane e a advogada foram à Delegacia da Polícia Civil registrar um boletim de ocorrência ainda na manhã desta quinta-feira. Porém, a presidente passou mal e precisou ser hospitalizar com um quadro de crise de ansiedade. O boletim de ocorrência foi registrado no fim da manhã.

Sinsej denuncia condições precárias de trabalho em obra pública de Joinville

Nesta segunda-feira, 27, o Sinsej realizou uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) envolvendo funcionários em condições precárias de trabalho na obra do Centro de Bem Estar Animal, localizado na Estrada Blumenau, no bairro Vila Nova. Segundo o sindicato, a situação já estaria acontecendo há meses e já teria sido denunciada à prefeitura.

Em entrevista à reportagem do jornal O Município Joinville, a presidente do Sinsej, Jane Becker, conta que informação foi recebida por meio de denúncia anônima. Uma equipe do sindicato foi averiguar a situação e identificou situações precárias de trabalho e problemas sanitários. Ela conta que os trabalhadores realizavam refeições no canil, com as marmitas no chão. “Foi dialogado com os trabalhadores e eles relataram que sempre foi assim, desde o início da obra”, relata.

Jane afirma que também foi averiguado que não existiam equipamentos de segurança para os trabalhadores. “Vimos um homem trabalhando no telhado sem capacete ou cinto. Outros trabalhadores também não utilizavam qualquer equipamento”, conta. Segundo ela, eles também eram transportados dentro de um caminhão-baú até o local da obra.

O que diz a Prefeitura de Joinville

A reportagem do jornal O Município Joinville entrou em contato com a Prefeitura de Joinville na noite desta terça-feira, 28. Uma nota oficial foi encaminhada pela Secretaria de Comunicação nesta quarta-feira, 1º.

A prefeitura afirma que assim que recebeu os relatos emitiu uma notificação formal à empresa, solicitando informações detalhadas e determinando a paralisação imediata da obra até que os questionamentos sejam respondidos.

Eles ainda mencionam que o andamento da obra é acompanhado pela Comissão de Acompanhamento e Fiscalização, onde as condições de trabalho dos profissionais também são verificadas.

De acordo com a prefeitura, desde o início dos trabalhos, foram formalizadas 12 notificações sobre atrasos no cronograma da obra e ausência de equipe em número suficiente.

Leia a reportagem completa aqui.


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