Procon alerta para perigos do metanol em bebidas e orienta consumidores de Santa Catarina
Cinco pessoas já morreram e outras foram internadas em São Paulo desde junho por envenenamento
Cinco pessoas já morreram e outras foram internadas em São Paulo desde junho por envenenamento
O Procon de Santa Catarina emitiu alerta à população para que denuncie qualquer mal-estar após o consumo de bebidas alcoólicas.
A Diretoria de Relações e Defesa do Consumidor atua para identificar se há bebidas falsificadas contaminadas com metanol em Santa Catarina – cinco pessoas já morreram e outras foram internadas em São Paulo desde junho por envenenamento.
“Na hora de consumir algum produto, verifique a embalagem ou se há erros de português no rótulo. Isso são indícios de bebidas falsificadas. Tendo qualquer sintoma, além de procurar um médico, denuncie ao Procon-SC. Estaremos recebendo essas informações para apurar todos os casos”, afirma a delegada Michele Alves, diretora do Procon.
De acordo com coletiva de imprensa do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, realizada nesta terça-feira, 30, “tudo indica que existe distribuição para além do estado de São Paulo”. A Polícia Federal já investiga o caso e uma possível rede de distribuição.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Justiça, os casos “apresentam padrão inédito e diverso” justamente por afetar diferentes tipos de bebidas, como gin, uísque, vodca, entre outros. A intoxicação por metanol, além de risco sanitário coletivo, caracteriza emergência médica de extrema gravidade.
O Procon-SC reforça sua atuação no combate a produtos falsificados e de descaminho e tem realizado fiscalizações para investigar medicamentos, vestuário, brinquedos e também bebidas alcoólicas. Um treinamento para identificação e combate a bebidas alcoólicas falsificadas será realizado em novembro a fiscais de todos os Procons municipais de Santa Catarina.
Além disso, o Colegiado Nacional dos Procons Estaduais (CNPE) estuda a questão para alcançar um padrão nacional de combate a bebidas falsificadas.
Além dos casos registrados, a possibilidade de existirem casos não notificados é alta. Por isso, o Procon destaca que é fundamental a colaboração do consumidor.
Telefones para contato:
Além dos telefones de emergência, o consumidor precisa saber que o metanol é inodoro, incolor e não altera o sabor da bebida, o que o torna muito difícil de ser percebido. Além de tudo, não é recomendável fazer “testes caseiros” para identificar a substância (cheirar a bebida, por exemplo), o que só é possível de ser feito em laboratório.
Contudo, há sinais de alerta ao consumidor:
A ausência desses sinais, no entanto, não garante a qualidade da bebida. Priorize a compra em fontes confiáveis e sempre exija a nota fiscal ou comprovação de origem.
Por fim, é importante que o consumidor fique atento aos sintomas de envenenamento por metanol, que podem começar entre 6 e 12 horas após a ingestão:
A falsificação ou adulteração de bebidas constitui crime previsto no Código Penal e prevê reclusão e multa aos responsáveis.
Uma nota técnica enviada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) orienta os donos de bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis, organizadores de eventos, mercados, atacarejos, distribuidoras, plataformas de comércio eletrônico e aplicativos de entrega quanto à prevenção e resposta a riscos de adulteração de bebidas com metanol.
Se o fornecedor identificar algo suspeito, ele devem interromper imediatamente a venda do lote envolvido, registrar horário e responsáveis, preservar as evidências e guardar uma amostra para perícia.
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