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Professor é indiciado por crimes de discriminação e apologia ao nazismo em SC

Ele está afastado novamente, desta vez, por 180 dias

Nesta sexta-feira, 17, a Polícia Civil de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, encaminhou ao Poder Judiciário o inquérito policial que investigou um professor da rede pública do estado pelos crimes de discriminação e apologia aos crimes do nazismo.

Entenda o caso

O homem é professor de História e havia sido afastado do cargo em 2022, logo após o resultado das eleições presidenciais. Na época, os policiais teriam recebido uma série de denúncias sobre o investigado ter praticado atos de discriminação em um grupo de WhatsApp, ao manifestar apoio ao regime nazista, assim como ao praticar atos de apologia de crime.

Após o recebimento das denúncias, a Polícia Civil de Imbituba instaurou inquérito policial, identificou o autor, ouviu testemunhas e, no curso da investigação, representou ao Poder Judiciário pela concessão de mandado de busca e apreensão e afastamento do cargo público de professor. A Justiça acatou o pedido e o professor foi afastado por 90 dias.

Em seguida, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado, sendo apreendidos celulares e computadores. Após análise, os policiais localizaram em um dos celulares justamente as mensagens encaminhadas pelo investigado no grupo de WhatsApp, corroborando com a prática criminosa.

Vídeo em apoio a Hitler

Já na segunda semana de março, um vídeo passou a circular nas redes sociais do mesmo professor, já em sala de aula. No vídeo, ele manifesta aos alunos que admira o ditador Adolf Hitler.

O vídeo foi feito na segunda-feira, 13, e publicado no Instagram do jornalista Leonel Camasão. A postagem foi compartilhada diversas vezes e viralizou nas redes sociais durante esta semana.

Na gravação, o aluno pergunta se o professor apoiava o que Adolf Hitler fez e recebe “Sim, claro. Por isso que me chamam de nazista” como resposta. Mais tarde, ele acrescenta: “Eu tenho uma admiração pelo Hitler enormemente”.

A PC então anexou no inquérito policial que foi utilizado no indiciamento do investigado. A Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina havia informado que o professor seria afastado novamente por 60 dias.

Entretanto, neste sábado, 16, saiu a decisão de que o professor será novamente afastado do cargo por, pelo menos, 180 dias. A decisão ocorreu após pedido do Ministério Público.


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