Professores da rede estadual aprovam greve contra retorno das aulas presenciais
Assembleia virtual com mais de 600 educadores foi realizada nesta sexta-feira
Os professores da rede estadual de Santa Catarina aprovaram uma greve contra o retorno das aulas presenciais. Uma assembleia virtual foi realizada nesta sexta-feira, 12, e contou com a presença de mais de 600 educadores.
A proposta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) é que as salas de aula só retornem após a vacinação dos professores. Intitulada Greve Pela Vida, a movimentação teria início na quinta-feira, 18, data marcada para o retorno das aulas presenciais.
“A preocupação com pandemia é de todos, e o retorno às aulas presenciais aumenta esta preocupação, pois é sabido que não existe retorno seguro sem a vacina”, afirmou o Sinte em nota. O sindicato de Joinville já havia declarado apoio à greve na quinta-feira.
Uma audiência com o Secretário da Educação está marcada para o dia 16. Dentre outras pautas, a questão da greve será debatida. Na ocasião, o governo estadual poderá apresentar uma proposta que contemple a categoria e evitar a greve.
Em conversa com o jornal O Município Joinville, a Secretaria de Estado da Educação (SED) afirmou que mantém o diálogo aberto com o sindicato dos profissionais da educação. Eles ressaltaram que estão respeitando os profissionais do grupo de risco e as especificidades das escolas.
Processo seletivo para professores foi criticado
Em resposta à declaração da Secretaria de Estado da Educação de que o governo está respeitando os profissionais do grupo de risco, o Sinte criticou a decisão de deixar os profissionais do grupo de risco de fora do processo seletivo que será aberto na segunda-feira.
A chamada é para professores admitidos em caráter temporário (ACT) e será feita por meio de uma plataforma on-line inédita, desenvolvida pelo Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SED).
Os servidores, porém, estariam sendo contratados para substituir os servidores efetivos do grupo de risco da Covid-19 para ministrar as aulas presenciais na rede estadual. Em casos excepcionais, como a contratação para aulas remotas, não se aplicam as restrições ao grupo de risco.