Projeto de bairro inteligente em Joinville é apresentado na Câmara de Vereadores
Para minimizar efeitos do empreendimento, prefeitura pretende duplicar rua Ottokar Doerffel
Para minimizar efeitos do empreendimento, prefeitura pretende duplicar rua Ottokar Doerffel
Durante a apresentação do projeto do bairro inteligente em Joinville, o Cidade Das Águas, na Câmara de Vereadores, nesta quarta-feira, 18, o vereador Diego Machado (PSDB), questionou quais os planos para minimizar os efeitos do empreendimento sobre o trânsito na rua Ottokar Doerffel, um dos principais acessos que liga Joinville a BR-101.
Em resposta, o secretário de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável, Marcel Virmond, afirmou que o projeto de duplicação da via está em andamento e pode contar com dinheiro de emendas parlamentares.
No início de junho, o prefeito Adriano Silva (Novo) buscou apoio dos parlamentares para o projeto. De acordo com a prefeitura, a duplicação é uma necessidade pontuada desde o plano diretor de 1973.
Até aquela data a administração já havia realizado estudos geométricos e topográficos. O projeto executivo está sendo realizado em parceria com a Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc).
O Cidade das Águas será um condomínio sem muros nem guaritas, com atividades e espaços abertos ao público, construído entre os bairros Atiradores e Anita Garibaldi. O projeto foi apresentado nesta semana aos vereadores da comissão de Urbanismo, na Câmara de Joinville. Empreendimento encabeçado pela CRH, controladora da Tigre, é um investimento de R$ 11,2 milhões.
Os empreendedores pretendem começar as obras da primeira etapa em 2023 e entregá-la em 2026. Conforme o Estudo de Impacto de Vizinhança, as obras devem durar nove anos, no total.
O projeto envolve 65 arquitetos, brasileiros e estrangeiros, conforme Danilo Conti, sócio da incorporadora responsável pelo projeto, a HPB, e ex-secretário de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável de Joinville. O conceito é o das cidades inteligentes, pensadas para que as pessoas possam morar e trabalhar no mesmo lugar, sem a necessidade de longos e demorados deslocamentos.
A área ocupada pelo Cidade das Águas deve ser de quase 125 mil metros quadrados (m²). Do total, 20 mil m² serão destinados a praças e parques. Outros 5 mil m² serão ocupados por uma academia de música.
A área do empreendimento deve ter o zoneamento industrial modificado para área de uso misto, de residências, comércio e serviços. Para isso, a Prefeitura enviou à Câmara o projeto de lei complementar 11/2020, que exclui o Setor Especial de Interesse Industrial SE-06 Xavantes, nas proximidades da rua Ottokar Doerffel.
Nesse setor, onde hoje está a CRH, ficava uma antiga fábrica da Tigre, transferida para um novo condomínio industrial do grupo às margens da BR-101.
Segundo o secretário Marcel Virmond, essa mudança na Lei de Ordenamento Territorial (LOT), que está sendo estudada pela Comissão de Urbanismo, apenas iguala o zoneamento atual do imóvel da CRH ao da região, que é bastante residencial. O Conselho da Cidade já aprovou o projeto por unanimidade, lembrou Virmond.
A manutenção dos parques e praças do condomínio ficará sob responsabilidade dos donos do empreendimento, e não da prefeitura, de acordo com Danilo Conti. O Cidade das Águas manterá uma área florestal e outra de Cota 40 (local acima de 40 metros do nível do mar protegida por lei ambiental).
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