Projeto mapeia arquitetura rural com técnica enxaimel em Joinville
Trabalho está disponível para download
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Um projeto contemplado com recursos do governo do estado mapeou a arquitetura rural de Joinville. As análises foram feitas com base na técnica enxaimel, estilo de construção muito popular na Alemanha.
O trabalho, intitulado Mapeamento da Arquitetura Rural com Técnica Enxaimel em Joinville, foi concluído em dezembro de 2021, e está disponível para download gratuito no site do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SC).
“No mapeamento, há a localização com as coordenadas geográficas de 60 imóveis com a técnica construtiva, assim como imagens e informações detalhadas de cada um deles”, explica a coordenadora-geral do projeto, Anne Elise Rosa Soto, que é arquiteta.
A produção ocorreu nas regiões da estrada Blumenau, estrada Comprida e rio Piraí. A escolha destas áreas, de acordo com Anne, aconteceu por conta de um levantamento previamente realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A coordenadora diz ainda que a região possui acervo de arquitetura com a técnica enxaimel.
“Já esperávamos que tivesse um grande número de edificações, mas à medida que o levantamento foi sendo realizado, a significativa quantidade de imóveis encontrados e mapeados superou as nossas expectativas”, conta.
Durante os trabalhos, entrevistas foram realizadas. Um dos entrevistados foi Mário Alpheis, sobrinho do mestre carpinteiro Henrique Bächtold, que participou de muitas construções em Joinville utilizando a técnica enxaimel na década de 1960.
A outra entrevista foi realizada com Arlindo Schulze, carpinteiro que trabalhou com reformas e restauros de edificações em enxaimel e é proprietário de uma das casas da estrada Blumenau, que faz parte da pesquisa do projeto.
A equipe completa é formada por Anne; pela arquiteta Ariane Morais Reinert, que é a assessora técnica; por Simone Schroeder, também arquiteta e que fez a consultoria técnica; pela jornalista Sabrina Quariniri; e pela estagiária Gabrielle Aparecida Anton.
Os trabalhos foram realizados durante a pandemia, com levantamento de campo no segundo semestre de 2020 e primeiro semestre de 2021.
“Percorríamos as estradas da área de estudo e íamos procurando as casas, parando para conversar com os moradores da região e com os proprietários. Quando encontrávamos as casas, identificávamos as coordenadas e fazíamos as fotos”, explica.
Até então, de acordo com Anne, não havia sido feito mapeamento semelhante a este em Joinville. Foi utilizado geoprocessamento, com programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas.
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