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Projeto para retomar Minha Casa Minha Vida em Joinville é retirado da Câmara

Prefeitura enviou ofício pedindo a retirada do projeto que gerou polêmica no legislativo

A Prefeitura de Joinville pediu à Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 21, a retirada do projeto de lei ordinária 271/2022, de autoria do Executivo, para alienar terras públicas e construir empreendimentos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida.

A retirada do projeto vem após polêmicas na Casa. O texto foi discutido pelos vereadores e sequer chegou a ser votado na comissão de Legislação, após um pedido de vistas de Henrique Deckmann (MDB).

O projeto previa a alienação de terrenos nos bairros Costa e Silva, Vila Nova e Jardim Iririú para a construção de apartamentos em parceria com o governo federal.

Porém, na discussão sobre o projeto, os vereadores já se mostraram contrários à ideia. Nado (Pros) falou que a região do Costa e Silva “não comporta mais ninguém” e que não haveria mais vagas para educação infantil e atendimentos de saúde.

Na mesma linha, o vereador Sidney Sabel (União Brasil) falou que os terrenos já tinham outras finalidades, como sediar creches e outros equipamentos públicos.

Lucas Souza (PDT) alega que, principalmente no Jardim Iririú, a construção dos apartamentos prejudicaria a segurança.

Juntos, os terrenos somam quase 20 mil metros quadrados (m²). Os lotes ficam nas ruas Inambú (Costa e Silva, matrícula 21.189), Darci Bublitz (Vila Nova, matrícula 39.334), e Areia Branca (Jardim Iririú, matrícula 145.768).

Minha Casa Minha Vida em Joinville

As últimas unidades habitacionais construídas pelo Minha Casa Minha Vida foram entregues em 2014. A cidade tem 19,2 mil inscritos na fila da habitação.

Segundo o secretário municipal de Habitação, Rodrigo Andrioli, o objetivo é reduzir os valores dos imóveis, em comparação com os preços praticados pela iniciativa privada, para permitir a compra por famílias de baixa renda que, muitas vezes, vivem em moradias precárias e em áreas de risco.

A intenção é construir até 156 apartamentos, em três áreas urbanizadas próximas a centros de convivência e equipamentos públicos, fugindo do modelo de grandes condomínios. A seleção dos compradores seria socioeconômica. O Minha Casa Minha Vida atende a famílias com renda mensal de até R$ 8 mil.


– Assista agora:
Imponente Palacete Schlemm, de Joinville, tem detalhes criados pelo artista alemão Fritz Alt