Público em competições esportivas segue suspenso em Santa Catarina
Decreto de 14 de julho foi alterado, mas continua em vigor
O governo do estado editou um novo decreto nesta terça-feira, 31, que mantém suspenso o acesso de público a competições esportivas públicas ou privadas em Santa Catarina até 30 setembro de 2021. A medida entra em vigor com a publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) também nesta terça-feira, 31.
O Decreto 1.449 alterou o Decreto nº 1.371, de 14 de julho de 2021, que segue em vigor em Santa Catarina.
O regramento para as competições foi elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde e segue o mesmo. As normas estão previstas na portaria nº 466, que regulamentou as competições de futebol profissional no Estado de Santa Catarina e permitiu a retomada dos jogos, desde que atenda regras sanitárias rígidas e específicas.
FCF se revolta com decreto
Após a divulgação do novo decreto, na quarta-feira, 1º, a Federação Catarinense de Futebol (FCF) emitiu uma nota sobre a decisão do governo estadual, destacando que gerou um clima de revolta entre os dirigentes do futebol no estado.
Confira a nota na íntegra:
“O Decreto 1.449, publicado pelo Governo do Estado prorrogando a proibição de público nas competições esportivas, gerou um clima de revolta junto aos dirigentes do futebol catarinense.
Conscientes da situação criada pela pandemia do Covid-19 e da necessidade de medidas preventivas para a interrupção do seu alastramento, os dirigentes estão estarrecidos pela forma como a Secretaria de Estado da Saúde está tratando um dos mais importantes segmentos da economia e do entretenimento catarinense.
O futebol, que oferece a possibilidade da presença gradativa de público em seus jogos praticados em áreas livres, de ampla circulação, com generosas áreas para o espaçamento necessário e seguro entre seus assistentes e sempre disposto a cumprir as regras indispensáveis à defesa da saúde pública, se revolta com a perseguição que lhe está sendo imposta pelas autoridades estaduais.
Mesmo diante dos rígidos protocolos produzidos por suas áreas médicas, algumas com vitoriosos trabalhos em nível nacional, o futebol catarinense está cada dia mais rejeitado pelos órgãos competentes.
Nossos dirigentes sequer conseguem ser recebidos e ouvidos pelas autoridades da área da saúde pública que ousam, descaradamente, abrir as portas para eventos com perigosas e incontroláveis concentrações de público, mesmo em ambientes fechados como parques temáticos, mas se negam a discutir e avaliar as seguras condições sanitárias oferecidas pelo futebol.
Nossos clubes que continuam enfrentando extremas dificuldades financeiras para sustentar suas representações em nível nacional nas séries A, B, C e D do campeonato brasileiro e os que, com igual sacrifício, estão participando das competições estaduais, esgotaram seu nível de paciência. As autoridades estaduais cada dia mais dispostas a imputar ao esporte uma culpa que não lhe pertence, teimam em transformar o futebol no vilão da pandemia.
O futebol, uma prática esportiva absolutamente privada, não pode ser considerado o vilão desse comportamento público.”
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