Quarentena reduziu transmissão do vírus em 50%, diz estudo
Pesquisa apresentada pela Secretaria de Saúde aponta que disseminação média por portador de Covid-19 caiu de 3,11 para 1,56 pessoa
O governo do Estado apresentou um estudo neste sábado, 18, em que aponta a redução de 50% da transmissibilidade do Coronavírus após a implantação do isolamento social em Santa Catarina. Os dados mostram que, antes da quarentena, cada pessoa com Covid-19 infectava outras 3,11. Com a suspensão do comércio, transportes e eventos, a média de transmissão caiu para 1,56 pessoa.
Os números estão sendo compilados por um grupo de instituições, que inclui o Social Good Brasil, Data Science Brigade, Secretaria de Estado de Saúde, e Centro de Informática e Automação de SC (Ciasc). A base teórica para o cálculo tem origem no Imperial College, instituto de ciência inglês que tem sido referência em informações para Covid-19. O estudo começou a ser desenvolvido apenas no início de abril, pois demanda uma quantidade mínima de 10 óbitos para confiabilidade dos dados.
Com a liberação de novas atividades, como profissionais liberais, autônomos, construção civil, e comércio de rua em geral, o índice subiu na última semana. A taxa média atualmente está em 1,73.
Segundo o governador Carlos Moisés da Silva, a queda mostra o “sucesso nesses primeiros 30 dias”. Para ele, os dados dão “tranquilidade” ao governo, já que auxiliam o Executivo a tomar atitudes mais assertivas durante a pandemia. Além disso, o governo adaptou a regra do estudo inglês à realidade catarinense.
“Nós já colhemos resultado do esforço que todos os catarinenses têm feito. Baseado em dados, em modelos epidemiológicos que foram rodados por parceiros, nós poderíamos ter dados bem piores. Nós conseguimos reduzir em cerca de 50%, isso com dados comprovados, a taxa de contágio de transmissibilidade”, disse Moisés.
“Isso faz com que nós tenhamos uma ferramenta que nos possibilite inclusive fazermos aferições dentro de regiões diferentes do Estado, lembrando que isso só é possível com um número mínimo de óbitos. Assim, poderemos modular ações”, afirmou o secretário de Saúde, Helton de Souza Zeferino.