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Quatro casos com suspeita de coronavírus são investigados em Joinville

Em todo estado, há um caso sob suspeita em São Bento, um em Florianópolis e outro em Balneário Camboriú

Quatro casos suspeitos de coronavírus estão sendo monitorados em Joinville, confirmou na manhã desta sexta-feira, 28, o secretário de Saúde do município, Jean Rodrigues da Silva.

As pessoas que estão sob investigação vieram da Itália ou tiveram contato com quem viajou ao país. Em todo estado, há um caso sob suspeita em São Bento, um em Florianópolis e outro em Balneário Camboriú.

Dos suspeitos de contaminação, dois casos estão sendo investigados na Unimed e dois no Hospital Dona Helena. Um dos pacientes chegou a ser internado, mas já recebeu alta. Danilo Abreu, gestor médico hospitalar do Hospital Dona Helena, afirma que os casos aguardam o diagnóstico dos exames que foram enviados para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Santa Catarina, sem data prevista para um resultado.

“Começamos a investigar o coronavírus em meados de janeiro. Já atendemos 16 possíveis casos no Dona Helena. Ontem, atualizamos nosso protocolo e treinamos novamente toda a equipe”, conta Abreu.

O secretário Jean Rodrigues da Silva explica que a secretaria de saúde está trabalhando com as redes pública e privada de forma conjunta. Assim, quando o paciente solicitar o atendimento, independentemente da rede, o procedimento inicial será o mesmo.

O atendimento tem avaliação de sintomas, coleta de exames e, caso o paciente esteja contaminado, será encaminhado para quarentena ou, em casos mais graves, internação.

“A Secretaria de Saúde assume a responsabilidade de manejar esses casos e resolvê-los da melhor maneira possível”, afirma o secretário.

Como trabalha a rede pública

No momento em que as suspeitas de coronavírus forem confirmadas ou os sintomas forem iguais ao da doença, o paciente receberá uma máscara e será direcionado ao encaminhamento médico para uma consulta completa, com atendimento prioritário, desde que preencha os critérios de gravidade.

Luana Garcia Ferrabone, diretora técnica da Secretaria de Saúde, explica que o atendimento na rede pública vai permanecer da mesma maneira, respeitando o fluxo interno e priorizando a solicitação de exames.

“O fato de o paciente chegar na unidade básica de saúde ou pronto atendimento com sintomas não quer dizer que ele terá um atendimento individual.  No momento que tiver firmada a suspeita, vai para encaminhamento médico”, explica a técnica.

O que é um caso suspeito e como prevenir

De acordo com Marcelo Mulazani, infectologista do governo do estado, há três critérios que podem definir uma suspeita de infecção de coronavírus:

  • Febre, sintomas respiratórios (tosse, dor de garganta ou cabeça e coriza) e contato com um suspeito que tenha vindo de uma área de transmissão local, diagnosticado ou não;
  • Febre, sintoma respiratório (tosse, dor de garganta ou cabeça e coriza), ter contato com alguém que veio de uma área de transmissão local do coronavírus;
  • Contato com alguém confirmado com o vírus, febre ou sintoma respiratório (tosse, dor de garganta ou cabeça e coriza).

Danilo Abreu lembra que atitudes básicas do dia a dia podem ajudar na prevenção do vírus, como higienizar sempre muito bem as mãos, evitar aglomerações e proteger com o braço todas as vezes que tossir.

“Não devemos ter pânico neste momento, mas focar em como se prevenir da transmissão do coronavírus”, diz.