Bancada de deputados catarinenses é a que mais faz oposição ao governo federal
Bancada de deputados catarinenses é a que mais faz oposição ao governo federal
- Por Raul Sartori
- 25/07/2023
- 12:18
Maior oposição
Levantamento do jornal “O Globo” aponta que as bancadas federais do Mato Grosso e de SC são as que mais oposição fazem ao governo na Câmara dos Deputados, não acompanhando as votações-chave da gestão Lula. De outro lado, o índice de governismo é nitidamente maior entre parlamentares do Nordeste. Em média, 76% dos congressistas mato-grossenses e 73% dos catarinenses votaram contra interesses do Palácio do Planalto na Casa. Apesar disso não parece que tal posicionamento exclui ambos de receber atenções federais. Pelo menos por enquanto.
Maior oposição
Além disso, de todos os Estados, apenas a bancada de SC foi majoritariamente contra todas as posições defendidas pelo governo neste ano. No Estado, Bolsonaro (PL) somou 69% dos votos válidos no segundo turno do último pleito. Esse índice foi de 65% em Mato Grosso.
Abandono
O governo federal anunciou ontem a intenção de destinar 500 imóveis para moradia popular, educação e cultura. São prédios, terrenos e construções que serão entregues a prefeituras, famílias de baixa renda ou ao setor privado. Muitos deles completamente abandonados e em ruinas, como os imensos galpões que serviam de garagem do INSS em terreno que vale dezenas de milhões, no começo da Avenida Mauro Ramos, no Centro de Florianópolis. Quem sabe, agora, tenha algum destino mais nobre. Como está lá, agora, é um exemplo máximo de descuido pelo patrimônio público.
Comemorações
As comunidades alemã e italiana de SC – que formam cerca de 70% da população – já estão começando a preparar-se para duas grandes comemorações em 2024 e 2025, respectivamente. Ambas festejam os 200 anos e 150 anos, da imigração no Brasil.
Assombro 1
Vem causando estupefação geral a espantosa sentença da juíza Keila Garcia, para quem os 300 metros de faixa litorânea de SC, quando integrada por restinga, tem que ser considerada de preservação permanente e, assim, vedada a qualquer intervenção ao longo dos 550 quilômetros da faixa litorânea do Estado. A reação não poderia ser maior: a ong Floripa Sustentável, integrada por 42 entidades, emitiu contundente nota questionando a extravagante sentença.
Assombro 2
A sentença de agora se compara, em estultice, a uma ação de 2019, fulminada pelo TJ-SC, proposta pelo Ministério Público de SC, que queria mudar dispositivo do Código Ambiental estadual de forma que fossem considerados como campos de altitude e, portanto, com várias restrições para atividades econômicas, todas as áreas a partir de 400 meros, e não mais 1.500, como consolidado legalmente. Se aplicada na época, ficariam na ilegalidade, de um dia para outro, 40% dos produtores de suínos e aves, e 60% dos produtores de leite. Na mesma situação se enquadraria toda a decantada fruticultura (produção de maçãs), a vinicultura e turismo, só para ficar nas atividades principais.
Armas x mortes
Há relação direta entre os números de armas de fogo registradas e de mortes violentas? Os pacifistas estão se batendo para explicar. São Paulo, Estado que tem o maior número de armas de fogo registradas, é o que tem o menor índice de morte violenta intencional por 100 mil habitantes, conforme o Anuário divulgado semana passada com base em dados de 2021. E SC, que tem o segundo menor indicador de mortes violentas (9,1/100 mil habitantes) é o quarto com maior número de armas registradas.
Ficha limpa
Elogiável a iniciativa, por projeto de lei, do deputado estadual Sergio Guimarães (União) para que no âmbito do governo estadual se faça um cadastro de profissionais que trabalham com crianças, adolescentes, idosos e deficientes, diante de tantos casos de violência e abusos. O cadastro serviria como ferramenta de comprovação de sua idoneidade. Prevê, inclusive, a exigência de antecedentes criminais. De janeiro a março deste ano cresceram 56% os casos de violência contra idosos em SC. Mais: SC é o 2º colocado no país em estupro de crianças e adolescentes.
Ofensa “suprema”
Editoriais de alguns dos maiores jornais do país, como a Folha de S. Paulo, tentam dissociar o xingamento contra o ministro “supremo” Alexandre de Morais, no aeroporto de Roma, da crescente indignação do brasileiro que pensa em relação à parcialidade do Supremo Tribunal Federal e o completo e desabrido descontrole da atuação política e pública da maioria de seus 11 integrantes, que fazem descarado ativismo político. Explica-se, assim, em boa parte, o 8 de janeiro e o nó entalado na garganta de muitos manifestantes.
Assista agora mesmo!
Palacete Schlemm: a mansão de 1930 com detalhes criados por artista alemão: