Caminhoneiros elegem alvo errado em protestos contra o aumento do preço do combustível
Alvo errado
Os caminhoneiros estão revoltados com os ministros “supremos” mas só uma pequena parcela deles bate na Petrobras e nos escorchantes preços dos combustíveis, que subiram 52% desde janeiro. Nos últimos três meses a estatal, monopolista, teve um lucro de indecentes R$ 42,8 bilhões.
Terceira via
Nem reeleição, situação ou oposição. Está surgindo uma terceira via nas eleições da OAB-SC, em novembro. Um grupo de advogadas e advogados iniciou movimento para oferecer uma nova alternativa, com a bandeira da renovação nos quadros da seccional. A chapa terá uma mulher como candidata à presidência. O movimento é apartidario e defende uma OAB plural.
Desmentido
Quase que permanentemente alvo de informação negativa no UOL, Luciano Hang foi à justiça e ganhou. O portal terá que desmentir fake news ao publicar que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu relatório questionando lisura da fortuna do dono da Havan, publicada em 22 de junho de 2021. Era uma invencionice. No mesmo dia, a Abin emitiu uma nota oficial esclarecendo não ser a autora do suposto relatório. O portal, que também foi multado em R$ 100 mil, publicou o direito de resposta na madrugada de ontem.
Ajuda
A Udesc está oferecendo tratamento fisioterapêutico remoto gratuito para pessoas que foram internadas para tratamento de covid-19 e permanecem com dificuldades respiratórias ou motoras após a alta hospitalar. Só basta nome e telefone de contato para o e-mail [email protected] ou pelo Instagram. O serviço é voltado a pacientes entre 18 e 74 anos.
Baixar a poeira
O espírito do Centrão, da qual faz parte a maioria dos deputados federais de SC, após os atos de terça-feira, é de baixar a poeira e amenizar o clima de guerra entre Bolsonaro e os “supremos”. O presidente deu indicativos de que não haverá trégua.
Diferenças em casa
Mais de uma vez o senador Esperidião Amin tem elogiado o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Mas parece que faltou combinar isso em casa. Seu filho e deputado estadual João Amin, listou vários estados que recebem mais recursos do governo federal para obras de infraestrutura do que SC. “Ele [ministro] pode tocar bastante obras, mas em SC não tem nada que ser elogiado. Somos a sexta economia do Brasil, oitavo exportador e para manter nossa pujança precisamos das obras necessárias”, bradou da tribuna.
Inclusão
Estranho que ainda não façam parte do grupo com prioridade na vacinação contra covid-19 em SC os funcionários de empresas das áreas de segurança e vigilância, prestadoras de serviço, asseio e conservação e de transportes de valores.
Linguagem
Ao propor uma conciliação entre as partes de uma ação em que um homem foi filmado e exibido em rede de TV fazendo inscrições numa pedra numa praia da Ilha de SC, para quem o apresentador desejou merecer “uma bambuzada nas costas”, o desembargador Carlos Roberto da Silva, do TJ-SC, usou o modo de falar local para explicar sua posição: “Ainda que o agravante tenha ficado ‘abespinhado’, ‘arreliado’ ou ‘arrenegado’ com a situação, a ‘arenga’ jornalística não pretendeu que efetivamente levasse um ‘cambau’, um ‘carcaço’ ou uma ‘biaba’, apenas o repreendeu, como se o fizesse o meio social onde vive, por ter escrito e ‘disarriscado’ nas pedras da praia, ou seja, feito ‘lambança’ onde não deveria”. Bonito.
Pacificação
Líderes de vários partidos foram à tribuna da Câmara dos Deputados, anteontem, para cobrar o impeachment de Bolsonaro ou defende-lo. A única voz catarinense foi de Darci de Matos (PSD-SC) que, em nome do seu partido defendeu o tom conciliador do presidente da Casa, Arthur Lira: “Acompanhei atentamente o pronunciamento com relação às manifestações e quero afirmar, sem medo de errar, que a posição do nosso presidente Arthur Lira foi a posição acertada. Um líder que chama os Poderes, o Congresso Nacional e as lideranças para fazer um grande pacto na linha da pacificação”.
Recorde
A inflação percebida pelos consumidores de Florianópolis foi de 0,88% em agosto, contra 0,51% do mês anterior. Pela primeira vez em cinco anos, a inflação acumulada em 12 meses ultrapassou 9%. Um vilão é a energia: só o reajuste anual das tarifas da Celesc, em agosto, teve um impacto final para o consumidor de 4,37%.