Governador veta projeto que impede fechamento de estabelecimentos durante a pandemia
Veto
O governador Carlos Moisés vetou projeto da deputada negacionista Ana Campagnolo (PSL), que impede o fechamento de estabelecimentos comerciais no estado em decorrência da pandemia de covid-19, sem reunião prévia com representantes de empregadores e empregados. No Legislativo o veto foi derrubado na Comissão de Constituição e Justiça e o mesmo pode ocorrer na votação em plenário. Parece justo. O que custa ao governo ouvir os envolvidos diretamente antes de tomar medida de tanta repercussão, afetando milhares?
Jeitinho paranaense
Na audiência na Comissão de Infraestrutura do Congresso, anteontem, para discutir a concessão do Aeroporto de Navegantes, os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Dario Berger (MDB-SC) bateram pé: demostraram que a construção de uma segunda pista constava no plano diretor da Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) desde setembro de 2013, mas foi sorrateiramente retirada do contrato de concessão assinado com a empresa CCR, privilegiando uma terceira pista no aeroporto de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Representantes do governo na audiência disseram “entender” as razões dos senadores catarinenses, mas não se comprometeram com a realização da obra. Hum…
À propósito
Berger ficou bravo. Presidente da Comissão de Infraestrutura, ameaçou não apoiar projetos do governo no Senado: “Vou lutar com todas as forças para que SC não seja discriminada e pague essa conta que não é dela. Não podemos mais aceitar que ano após ano os catarinenses sejam prejudicados na queda de braço com outros estados”. Apoiado!
Abuso
Os noticiários estão aí mostrando a realidade: não é só o governo o principal responsável pelos tristes acidentes nas nossas rodovias, quando é acusado por não manter as devidas manutenções. Os vários registros de mortes, diários, mostram que há muito motorista por aí quem máximo desprezo pela sua vida e a dos outros.
Popularidade
Analistas políticos da mídia impressa nacional esperam confirmar o que souberam, ou seja, que uma nova pesquisa a ser divulgada por estes dias deve melhorar a debilitada avaliação de Bolsonaro, impulsionada por índices registrados em SC, Paraná e Rio Grande do Sul e no Sudeste. O presidente teria amealhado mais simpatias dos mais ricos e conservadores. A conferir.
Dia da Corrupção
Hoje é o Dia Internacional Contra a Corrupção e um grupo de combativos promotores de justiça do MP-SC promoverá rodas de conversa com estudantes de 12 e 13 anos em diversas regiões do Estado. Vão explicar as várias formas de corrupção encontradas no dia-a-dia e como evitar e combater também os pequenos atos ilícitos.
Padronização
Por decreto, o governo estadual está fazendo uma padronização na pintura de suas 1.100 escolas. Na parte externa e nas paredes das salas de aula a determinação é pelo uso da cor palha (derivação do amarelo das Armas do Estado); a verde nos elementos das grandes fachadas e aberturas; a vermelha em alguns elementos arquitetônicos, como pilares e vigas; a branca no teto de todos os ambientes, e o verde claro ou palha nas demais áreas de circulação. Bem melhor que nos tempos do governador Luiz Henrique da Silveira, com muito verde e vermelho. Pareciam melancias cortadas ao meio.
Pesadelo
Hoteleiros e corretores de imóveis de todo litoral de SC estão com os nervos à flor da pele. É que o governo federal ainda não autorizou a abertura das fronteiras terrestres com a Argentina, de onde procedem milhares de turistas, que já tem reservas nos meios de hospedagem, mas ainda não sabem quando poderão arrumar as malas e vir para cá.
Silêncio
Há um silêncio ensurdecedor da classe política e empresarial catarinense quanto ao decreto federal autorizando estudos para privatização de rodovias federais em SC, como as BR-153, 158, 280 e 470. Talvez porque seja bem melhor concessionadas, com pagamento de pedágio, do que o escandaloso abandono atual. No mesmo decreto está relacionado propósito de estudo de uma ferrovia ligando Chapecó a Curitiba. A lógica, defendida há anos, é que fosse do Oeste até o litoral catarinense.
Retrato
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou projeto que aumenta penas para os crimes de furto e roubo quando a conduta do agente for habitual, reiterada ou profissional. Hoje, de acordo com o Código Penal, variam de um a 10 anos de reclusão, e seriam aumentadas em dois terços. Se valesse para o próprio Congresso e aqueles quadrilheiros conhecidos que o STF está libertando, sobrariam poucos.