Intenção de aumentar número de ministros do STF é aparelhamento de Bolsonaro
Pró e contra
É preocupante o desejo de Bolsonaro em aumentar o número de ministros “supremos”. Isso se chama aparelhamento. Mas é jornalismo desonesto o praticado por boa parte da imprensa quando ignora o fato de o STF estar indo muito além do que lhe compete verdadeiramente, que é, apenas, zelar pela Constituição, e não se transformar num palanque político.
Pesquisas
Os institutos de pesquisas perderam muito de sua credibilidade com os enormes furos na eleição do penúltimo domingo. Não é por acaso que há vários projetos no Congresso Nacional, tentando limitar sua atuação. Entre eles uma proposta de emenda constitucional (PEC) de 2015, de autoria do falecido senador catarinense Luiz Henrique da Silveira (MDB-SC), bombardeada pela mídia – Rede Globo em especial, que na época a criticou em alongado editorial no Jornal Nacional – proíbe a divulgação de pesquisas eleitorais nos 15 dias que antecedem a eleição.
Salário do professor
O discurso do governo catarinense de que paga os melhores salários do país para o magistério vai perdendo sua força. Um estudo elaborado pelo Movimento Profissão Docente, sobre planos de carreira e salários do magistério público estadual em 2022, mostra que o Rio de Janeiro paga o menor salário inicial entre redes estaduais (R$ 3.333,09) e o Mato Grosso do Sul o maior (R$ 8.381,36). Seguem o Maranhão (R$ 6.867,68), Mato Grosso (6.329,46), Roraima (R$ 6.103,14), Distrito Federal (R$ 5.497,13), Ceará (R$ 5.413,18), Rio Grande do Norte (R$ 5.385,01), Bahia (R$ 5.050,43), São Paulo e SC (ambos com R$ 5 mil).
Vexame
Ex-ministro da Economia no governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros veio a público, em artigo no “Estadão”, quase pedir desculpas pelo vexame de sua categoria, os economistas. Aqueles que no início deste ano previam, de forma otimista, 0,5% de crescimento do PIB (alguns estimaram em 0,28%), que agora já atinge 2,5% com expectativa de chegar a até 3%. Diante da realidade estão calados, covardemente.
Sapatilha
A imprensa carioca registrou verdadeiras comemorações nas favelas do Complexo do Alemão e Engenho da Rainha, no último final de semana, quando sete moradores, meninos e meninas, foram aprovados nos exigentes testes para ingressar na escola do balé Bolshoi, em Joinville. Concorreram com 330 crianças de 10 Estados e da Argentina. Foram selecionadas 20 meninos e 20 meninas para o primeiro ano do curso de dança clássica, com duração de oito anos, com início em fevereiro.
Maioridade penal
Bolsonaro afirmou que se eleito enviará ao Congresso projeto para reduzir a maioridade penal, dos atuais 18 anos para 16 ou até menos. Se o fizer não estará mais lá um defensor fanático de sempre de tal causa, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), que está se aposentando da política.
Filtro
Se tivesse um equipamento que barrasse oportunistas, do tipo que agora, na maior cara de pau, quer dar “todo apoio”, após saber o resultado das urnas no dia 2, se formariam filas do lado de fora no comitê central de campanha do senador Jorginho Mello, em Florianópolis.
Trilhos
Passado um ano da elaboração do marco legal do setor, chegam a 89 os pedidos de novas ferrovias no país. Foram apresentados por 39 proponentes, que se dispõem a construir 22.442 quilômetros de novos trilhos, com investimentos de R$ 258 bilhões de recursos privados. De SC estão lá os pedidos para construção da Ferrovia Leste-Oeste, de Chapecó a Itajaí, com 700 quilômetros de extensão, e a Litorânea, que ficaria paralela à BR 101, de Imbituba a Araquari, com 500 quilômetros. Ambas têm seus projetos em desenvolvimento.
Declaração de voto
Em nota oficial, ontem, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis fez, nas entrelinhas, uma declaração de voto a Bolsonaro. O fez ao dizer que “mesmo em meio à estupidez generalizada do ´fique em casa´, o Brasil não deixou a economia para depois e, diante de adversidades políticas e jurídicas diárias, agiu para que superássemos rapidamente as inúmeras (e altamente questionáveis) restrições impostas no período pandêmico. Os resultados são visíveis: deflação acumulada em vários setores, ampliação da rede de proteção aos mais desassistidos, desburocratização da máquina pública, modernização de leis que regem a atividade produtiva, segurança previdenciária, criminalidade decrescente. Para nós, o que melhor reflete esse acerto é o fato de que mais de 10 milhões de brasileiros viraram donos do próprio negócio (…) libertando-se dos grilhões de uma legislação trabalhista retrógrada…”
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