Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Menos de 15% dos cargos de elite nos governos estaduais são ocupados por negros

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Menos de 15% dos cargos de elite nos governos estaduais são ocupados por negros

Raul Sartori

Secretariado negro 1
Levantamento da “Folha de S. Paulo” revela que nos 27 estados o secretariado é majoritariamente branco. Dos cerca de 570 cargos de elite dos Executivos estaduais, apenas 14% são comandados por negros (pretos e pardos). Região onde há a maior concentração proporcional de brancos no Brasil (75%; 18% em SC), no Sul há apenas dois, o secretário de Fazenda do Paraná, Renê de Oliveira Garcia Júnior, e a secretária extraordinária de Inclusão Digital do Rio Grande do Sul, Lisiane Lemos.

Secretariado negro 2
SC, nenhum. O governo do Estado respondeu ao levantamento dizendo que “a avaliação para cada posição de liderança dentro do governo estadual levou em consideração apenas experiência e competência técnicas”. Será?

Reina, mas…
O rei Charles, da Inglaterra, reina, mas não governa. O caso foi revivido nas últimas horas por caciques do MDB de SC, convidados pelo governador Jorginho Mello para integrar seu governo. Ao partido seria dada a disputada – precisa explicar o motivo? – Secretaria da Infraestrutura, mas só em relação ao secretário. Quanto aos demais cargos, necas de petibiriba.

Homenagem póstuma
Ao receber, no Palácio do Planalto, semana passada, os irmãos do ex-reitor Luiz Carlos Cancellier, Acioli e Júlio, o presidente Lula prometeu agendar uma data para visitar Florianópolis e a UFSC, em especial, para mais uma homenagem póstuma ao falecido professor.

Inadimplência
A estatal Casan alerta que faltam duas semanas para o término do período de negociação de dívidas junto à empresa. Se fosse um pouco mais transparente, diria, publicamente, quantos milhões tem de crédito com sua clientela. Omite.

É proibido 1
Merece aplauso medida da prefeitura de Laguna, que deveria ser seguida em SC: nos dias de Carnaval, de 17 a 20, está proibido o uso de caixas de som e carros com autofalantes em qualquer espaço público.

É proibido 2
Lamenta-se que a iniciativa de Balneário Camboriú, de proibir equipamentos de som em suas praias, não tenha tido eco nos demais municípios litorâneos. Cá entre nós: é um tormento estar sentado na praia e ter que ouvir o que nossos ouvidos repelem. Ali não se pode esperar um mínimo de bom gosto.

Câncer 1
Depois de ter vetado projeto do deputado estadual do PT, Neodi Saretta, propondo a criação do Fundo Estadual de Combate ao Câncer, o governador Jorginho Mello foi convencido pela secretária da Saúde, Carmen Zanotto, a reconsiderar a decisão. Tanto que chamou o deputado para conversar. O fundo seria constituído com 5% da receita bruta do ICMS incidentes sobre cigarros, cigarrilhas, charutos, demais derivados do tabaco e bebidas alcoólicas, e 3% do mesmo tributo sobre agrotóxicos e defensivos agrícolas.

Câncer 2
Motivos não faltam: SC, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, tem a maior taxa de incidência de câncer para cada 100 mil habitantes. Está no topo do ranking nacional: são 372 casos para cada 100 mil homens e 247 entre cada 100 mil mulheres.

 

Cirurgias eletivas
O Programa Estadual de Cirurgias Eletivas está ganhando reforço financeiro. O MP-SC anunciou o repasse de R$ 6 milhões para auxiliar no tratamento de mais de 225 mil catarinenses que aguardam em fila de espera por um procedimento médico pelo SUS. A união na busca desse mais que nobre objetivo também conta com as participações dos Tribunais de Justiça e de Contas do Estado e da Assembleia Legislativa. Os dois primeiros já repassaram cerca de R$ 6 milhões cada e, o terceiro, mais R$ 12 milhões. Que bom.

Falência
Tem sido motivo de centenas de lamentos, Brasil afora, a falência da tradicional livraria Cultura, em São Paulo, que era tida como uma espécie de entidade no mundo literário. Triste saber que enquanto livrarias fecham, falidas, inclusive em SC, e um livro custar em torno de R$ 50, há aguardente por R$ 5. Continuamos sendo o país da cachaça e do futebol.

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