Número de professores temporários é desproporcional na rede pública de SC
Magistério I
O atual Plano Nacional de Educação define que até 2024, 90% dos profissionais do magistério devem ocupar cargo de provimento efetivo. É pouco provável que se consiga. Conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais de 2021, o Governo de SC tinha apenas 10.022 professores efetivos e 18.916 temporários, uma relação de 24% para e 66%. Na rede municipal a proporção é um pouco melhor, mas ainda longe do ideal: 27.895 (59%) efetivos e 19.646 (41%) temporários.
Magistério II
A desproporção preocupa demais o MP-SC, que está se reunindo com o o Tribunal de Contas do Estado para discutir uma atuação conjunta de ambos na busca pela valorização do magistério em SC. Uma das primeiras ações conjuntas é verificar quais municípios ainda não remuneram seus professores respeitando o Piso Nacional do Magistério.
Socorro! Socorro!
O brasileiro honesto que se prepare para receber o mais mortal soco no estomago, golpe máximo daquilo que nossas corrompidas instituições são capazes: graças a alguns ministros “supremos”, que deram liberdade a quase todos os corruptos que foram presos na operação Lava Jato, anulando suas sentenças por questiúnculas formais, lê-se que as empresas que corromperam estão agora se “entendendo” com tribunais superiores (sempre eles!) para receberem tudo de volta, como se fosse uma indenização por “danos morais”, digamos assim. Para lembrar: nos 17 acordos de leniência feitos diante do então juiz Sérgio Moro, elas foram multadas e pagaram R$ 12,7 bilhões que, literalmente, haviam sido roubados. Até quando vamos aceitar tanto cinismo, humilhação e exploração? Afinal, tudo sai do bolso de cada brasileiro que paga impostos.
Mais impostos
Para recompor perdas com a redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, os governos de Sergipe, Piauí, Pará, Paraná e Goiás, estão aumentando o imposto ou criando novos para 2023. Em SC, onde a redução na arrecadação neste ano é estimada em R$ 2,2 bilhões, não há nada neste sentido, mas não será surpresa se, nas caladas, muito frequentes nesta época do ano, aparecer algo.
Destino de verão
Não deixa de ser preocupante para o trade turístico de SC o último ranking da Decolar, maior agencia de viagens da América Latina, apontando o Rio de Janeiro, Maceió e Natal como, pela ordem, os três destinos nacionais mais procurados para hospedagem nas férias de janeiro. O que surpreende é que entre os 10 mais, não há nenhum de SC e apenas dois da região sul: Foz do Iguaçu (5º) e Gramado (7º).
Futebol
Embora tenha certo desencanto pelo futebol, este espaço é cobrado a se manifestar sobre o Brasil na Copa do Catar. O que tem a dizer, resumidamente, e sem aceitar a pecha de conservador ou preconceituoso: não gosta do endeusamento dos atletas pela mídia, reclama da ausência de um comando ou orientação quanto a atitudes, que os faz perder o foco, como a ostentação (o caso do bife de ouro é um exemplo), as tatuagens, os cabelos oxigenados, as dancinhas e outros comportamentos. Toleráveis, sim, mas se fossem compensados com o que se sabe que eles têm capacidade de fazer: jogar bom futebol. Só isso basta. Mas parece que não. Preferem virar ídolos de barro, sem deixar saudades e com a marca de perdedores.
Reprise I
O Instituto do Meio Ambiente do Estado de SC divulgou o terceiro relatório de balneabilidade da temporada 2022-2023 mostrando que 147 dos 237 locais avaliados do litoral catarinense estão próprios para o banho, o que representa 62%. O desalentador é quanto aos próximos relatórios, cujas dados virão em boa parte invertidos pelo fato de nada ter sido feito para que isso não se repita ano após anos.
Reprise II
Louve-se o fato de SC ter o segundo maior monitoramento de balneabilidade do Brasil tendo como base uma metodologia de trabalho segura realizada há mais de 40 anos. Mas quando, ao invés de se combater o efeito, se focará a causa?
Ótimo tema
O hábito da leitura e o perfil dos leitores brasileiros foi o ótimo tema da redação do Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023. Os candidatos tiveram que escolher um dos três gêneros textuais possíveis: uma carta, um manifesto ou uma crônica. Ótimo pelo fato de, muito provavelmente, levar muitos dos mais de 23 mil candidatos a sonhar com o ensino superior, a lembrar (se é que conseguiram chegar a tanto) qual foi o último livro que leram.