Raul Sartori: Praticantes de tiro esportivo não podem ser confundidos com milicianos
Raul Sartori: Praticantes de tiro esportivo não podem ser confundidos com milicianos
- Por Raul Sartori
- 20/05/2022
- 9:06
Ignorância
Os 221 clubes de tiro existentes em SC – uma para cada 29.900 habitantes, maior proporção no país – estão preocupados com a confusão que anda ocorrendo depois que o ex-presidente Lula emitiu uma de suas “opiniões”, desprezando-os, e seus simpatizantes, em favor de “clubes de leitura”. O tiro esportivo é uma modalidade olímpica que até deu ouro ao Brasil em 1920. Sendo assim, atiradores não podem ser confundidos com milicianos.
Quer saber
Em entrevista à rede SCC TV, o senador Esperidião Amin (PP-SC) questionou, provocativo: “Quero saber quando Jorge Bornhausen, Gean Loureiro e Júlio Garcia vão recepcionar no aeroporto o senhor Luciano Bivar, candidato a presidente da República pelo União Brasil, ou preferem apenas o pix?”
Repúdio
O Sindicato Rural de Lages, que é patronal, emitiu nota de repudio da classe produtora da região pelo ocorrido no último final de semana, em evento sobre agroecologia, no Centro Agroveterinário da Udesc, onde foram exibidas faixas dizendo que “Agro é fome”, além de bandeiras e stand de venda de literatura de cunho político. Diz ser inaceitável que a universidade do Estado possa ser conivente e aceitar este tipo de manifestação. A Udesc se cala sobre o assunto. Alô Ministério Público…
Urnas
O portal Poder 360 compilou pesquisas eleitorais recentes registradas no TSE em 21 Estados e reuniu informações suficientes para afirmar que 11 governadores e o do Distrito Federal são favoritos à reeleição, dentre eles Carlos Moisés (Republicanos), em SC, que tem 26,7% de intenções de voto, contra 17,2% de Jorginho Mello (PL) e 12,8% de Esperidião Amin (PP) entre os três primeiros.
Sobrevida
Com relatório final apresentado anteontem, a CPI da Chapecoense no Congresso Nacional ganhou sobrevida. O acidente na Colômbia foi há seis anos. Recentemente foi alvo de dois documentários e uma minissérie documental, tudo muito bem produzido. As vítimas ainda não receberam as devidas indenizações.
LGBTfobia
A grande maioria dos clubes das séries A e B do futebol brasileiro se pronunciou, terça-feira, 17, Dia Internacional de Luta Contra a LGBTQIA+fobia. Porém, oito equipes escolheram se calar. De SC, a Chapecoense ignorou a data.
Medicina
Com sua imagem pública muito arranhada ultimamente, a UFSC busca uma agenda positiva. Anunciou esta semana a aprovação de um curso de Medicina no seu campus de Curitibanos, com 40 vagas anuais. Nas logo voltou à agenda negativa. Na Assembleia Legislativa foi aprovada uma moção de repúdio ao Ministério da Educação e a ela pela realização de um evento sobre ideologia de gênero no seu Centro de Ciências Biológicas. “Está promovendo viadagem dentro do campus”, afirmou da tribuna o intrépido deputado Jesse Lopes (PL).
Novo roteiro
O governador Carlos Moises deve sancionar sem vetos projeto legislativo aprovado anteontem que institui o Roteiro Turístico Caminhos da Baleia Franca em SC, abrangendo os municípios de Imbituba, Garopaba e Laguna. Bem que poderia fazer um pouco mais: tentar liberar a observação embarcada do cetáceo no Estado, único lugar no mundo onde não é permitida.
Violência
Quarta-feira foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração de Crianças e Adolescente. Conforme o Tribunal de Justiça de SC em 2020 foram registradas 3,8 mil notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes no Estado, uma média de mais de 10 casos por dia, com uma prevalência na região do Extremo Oeste. Outro dado: estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública demonstrou que em 2021 SC alcançou o segundo lugar entre os Estados com mais registros de violência contra o público entre 0 e 17 anos, ficando atrás somente do Mato Grosso do Sul. Foram 784 notificações de maus tratos e 638 de lesão corporal dolosa, apenas no primeiro semestre.
Diálogo
O juiz Gustavo Emelau Marchiori, da Unidade de Questões Agrárias, do Judiciário estadual, está com sua cotação lá em cima. Esta semana valeu-se da mediação, do qual é extremamente hábil, para solucionar, em poucos dias, uma ocupação tensa de terras em Ponte Alta, na Serra. Foi a primeira do ano na sua unidade. Já resolveu dezenas de outras, apesar de sempre haver quem não queira uma solução pacífica. Sabe-se quem.