Projeto que obriga exame toxicológicos a ingressantes em universidades está parado em SC
Exame prévio
Não tem previsão para entrar em pauta projeto de 2019 que prevê a obrigatoriedade do exame toxicológico aos candidatos ao ingresso nas universidades públicas de SC. De autoria do deputado Jesse Lopes (PSL), o exame deverá ser entregue pelo candidato no momento da matrícula, com a coleta de material sendo feita, no máximo, 60 dias antes da data da inscrição acadêmica e janela de detecção de 180 dias. Ainda será exigido laudo médico com resultado do exame, o qual deverá ser negativo para o ingresso na instituição de ensino. Os diretórios estudantis ainda estão em silêncio. Talvez por não saber da existência da iniciativa legislativa.
Repercussão 1
Blogueiro baseado em Brasilia e que tem um dos maiores índices de leitura no país, Cláudio Humberto detonou a UFSC, ontem, por usar verba federal em “curso de enfrentamento ao agronegócio”, com palestras de integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) e com o propósito de “formação de professores”. O jornalista ressalta que em 2020, o agronegócio respondeu por 70% das exportações de SC e faturou mais de R$ 28,5 bilhões, conforme dados do Ministério da Economia.
Repercussão 2
A propósito: que disposição teria qualquer uma das grandes empresas agroindustriais de SC (várias delas multinacionais) em fazer parcerias (tão desejadas por qualquer universidade que se preze) com a UFSC, seja qual for, quando toma conhecimento de como os recursos públicos ali são aplicados, como é nesse caso? Que ninguém se surpreenda se algumas delas decidirem romper as parcerias que já tem com a instituição. Perfeitamente compreensíveis.
Dispensa
A Câmara de Vereadores de São José aprovou projeto de ampla repercussão local e que pode servir de referência para outros municípios: dispensa o alvará de funcionamento para microempreendedores individuais (MEIs). Digam lá, gestores públicos: que serventia tem o tal alvará para um pedreiro, carpinteiro, pintor de parede, mecânico e milhares de outros profissionais autônomos, que não precisam de um “escritório”, em termos físicos, para ganhar seu suado dinheiro?
Aleluia!
Finalmente, depois de anos de impune agressão aos ouvidos, à saúde e à segurança pública, a Guarda Municipal de Florianópolis resolveu agir e conseguiu baixar para quase zero o livre transito de motocicletas de alta cilindrada com escapamentos abertos. Só foi usar decibelímetros, dar os flagras, multar (R$ 195,23), guinchar a moto, obrigar seu dono a pagar o valor do guincho e a diária do pátio onde fosse recolhida, além de lá providenciar a substituição do escapamento alterado pelo original. O que espanta é a demora em tomar tal providência e saber que o mesmo problema existe em dezenas de outras cidades e ninguém faz nada.
Feminismo 1
A deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL) tem na sua biografia uma particularidade. Professora de História e historiadora, se intitula como autora do primeiro livro antifeminista do Brasil. A coluna foi conferir e constatou que o título “Feminismo: perversão e subversão”, de sua autoria, está entre os mais vendidos no site da Amazon no Brasil no gênero teoria feminista, política e ciência social.
Feminismo 2
Ana traz dados, fatos e análises e é muito clara ao indicar a quem se destina o livro: “Escrevo para toda moça enganada e desiludida com o pensamento revolucionário, para as feministas que o são por conveniência ou, quem sabe, inocência. Escrevo para quem tem dúvida; duvidar é dar uma chance à própria inteligência. Escrevo para quem já desconfia, mas não sabe exatamente o que está errado ou como começar a descobrir”. Um dos críticos do livro diz ser um “trabalho científico, contundente”.
Manés
O escritor André de Oliveira e o arquiteto, fotógrafo e designer gráfico Joel Pacheco lançam amanhã, às 18 horas, por videoconferência na plataforma Google Meet, o livro “As Côsa de Sêo Maneca”. Bilíngue (português-inglês) traz 10 contos sobre o cotidiano de Florianópolis, evidenciando o modo de viver da comunidade de base açoriana tradicional, que começou a ser forjada há mais de 270 anos.
Estupro
O Ministério Público de SC vai comemorar se for adiante um projeto de lei no Legislativo que obriga os cartórios de registro civil a comunicar a ele (MP-SC) o registro de nascimento realizado por mães ou pais menores de 14 anos. Dessa forma é que se poderá monitorar a ocorrência de estupros de vulneráveis.