Promotores de eventos cobram regras claras para cancelamentos devido à pandemia
Pressão no governo
O florianopolitano Doreni Caramori Junior, que é presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), foi recebido no Palácio do Planalto, anteontem, onde foi pressionar o governo federal para que edite uma nova medida provisória com regras para o cancelamento de shows, festivais e outras agendas por conta do recrudescimento nos casos de covid-19. Foi ouvido pelos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e João Roma (Cidadania). O setor vive um drama: a MP 1.036/2021, que desobrigava empresas de reembolsar consumidores desde que assegurassem a eles o direito de reagendar serviços adiados, caducou em dezembro. E o governo não dá a mínima atenção.
No páreo
Parece não ter sido por acaso, por não ser comum em tal dimensão, a publicação, anteontem, no portal da Assembleia Legislativa, de extensa reportagem sobre os feitos do mandato do deputado Marcos Vieira (PSDB) que, presidente da Comissão de Finanças e Tributação, teve, pelo segundo ano, o gabinete mais movimentado do Palácio Barriga Verde. Não por acaso também o tucano não esconde que é pré-candidato a vice-governador. O desafio é: quem quer ele?
Nós, amanhã
Aquele jato descendo no aeroporto de Belo Horizonte trazendo mais de 200 mineiros deportados os Estados Unidos, causou calafrios em vários municípios do Sul de SC onde, ainda, há um forte esquema de imigração ilegal, com cobranças de até US$ 15 mil por pessoa se tudo der certo para quem quer chegar às terras de Tio Sam são e salvo, embora indocumentados. Isso apesar de a Policia Federal estar sempre em cima, há décadas.
Retribuição
Não deixa de haver razões em algumas análises políticas catarinenses: que Bolsonaro tem sido ingrato com SC (apesar de suas estrondosas vitórias, aqui, no primeiro e segundo turno para presidente, em 2018), ao cortar verbas de R$ 43,2 milhões do Orçamento da União para obras no Estado. A gratidão foi escolher SC como se fosse uma colônia de suas férias?
Danos no porto
A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve a condenação, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), dos responsáveis pela inexecução de obras no Porto de Itajaí, cujo cais acabou desabando após enchente ocorrida em novembro de 2008. O prejuízo a ser ressarcido à União está estimado em pelo menos R$ 170 milhões, que serão utilizados para reconstruir dois berços de atracação de embarcações. A decisão unânime reverte sentença proferida pela 2ª Vara Federal de Itajaí, que havia considerado improcedentes os pedidos veiculados em ação popular movida por um cidadão por entender que não havia, a princípio, relação de causa e consequência entre as condutas dos réus e os danos causados ao porto.
Falsidade
Lamentável, sob todos os aspectos, que duas das três chapas registradas para a eleição da nova diretoria da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) tenham sido impugnadas por falsidade ideológica.
Rebuliço
Depois de Bolsonaro, outro político veio passar férias em SC. É o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Vídeo do Beto Carrero World mostra o mandatário carioca, anteontem, testando “Rebuliço”, um novo e radical brinquedo do parque temático.
Contas
De estarrecer ver o inconfiável Tribunal de Contas da União empenhar-se ferozmente em saber quanto o ex-juiz Sérgio Moro ganhou na iniciativa privada, enquanto finge que não vê – e não há indicativos de que não fará nada, o que não é surpresa – o verdadeiro saque aos cofres públicos que fez o Ministério Público Federal, ao pagar mais de R$ 500 mil a procuradores, há dias. Isso derrota o pouco otimismo que os brasileiros ainda têm. Além do vírus, tem que aturar este tipo de deboche. Até quando?
Encruzilhada
Muitos apreciadores de vinho e cerveja devem estar preocupados com a última notícia: um estudo chinês concluiu que a cerveja pode aumentar os riscos de ter covid, enquanto vinho pode diminuir.
Discórdia
O Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC) e a empresa de saneamento de Balneário Camboriú (Emasa) tem que regular seus tubos de ensaio. Parecem falhos. O primeiro diz que a praia central é toda imprópria para banho; a segundo diz que 50% é própria.
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