“Vai prá trás, meu Deus do céu”: Bolsonaro viraliza ao afastar vice-governadora de SC em evento
Viralizou
Mesmo sendo uma das raras mulheres no palanque, sábado, em Balneário Camboriú, a vice-governadora de SC, Danela Reinher (PL), que é pré-candidata a deputada federal, foi destratada por Bolsonaro, visivelmente tenso. Ao chegar ao local, de mãos dadas com o empresário Luciano Hang, ordenou a ela: “Vai prá trás, meu Deus do céu!”, empurrando-a. O vídeo viralizou nas redes sociais e certamente tirará mais pontos da popularidade do presidente junto ao público feminino.
Defesa
O pré-candidato ao governo do Estado pelo PL, senador Jorginho Mello, minimizou tudo. Mandou dizer que “apesar de parte da imprensa distorcer as informações, o que vivemos foi, de fato, uma belíssima representação de religiosidade. Mais de 50 mil pessoas compareceram à Marcha para Jesus, juntamente com nosso líder da Nação”.
À flor da pele
Bolsonaro não conseguiu disfarçar sua tensão, sábado, em Balneário Camboriú, durante todo o tempo. Fez discurso, passando ao largo da suspeita levantada pelo Ministério Público Federal de que teria interferido na Operação Acesso Pago — investigação da Polícia Federal sobre corrupção no Ministério da Educação. Foi bem aplaudido no momento em que defendeu o armamento da população em nome da “liberdade” e quando disse que tem um exército de 200 milhões de pessoas para defender o país. Um discurso que leva a muitas conclusões e ilações.
Provocação
Parece provocação o que o Datafolha, da “Folha de S. Paulo”, vem fazendo quase diariamente com Bolsonaro, com suas pesquisas, que este espaço ainda resiste a grafá-las entre aspas. A publicada ontem chegou à conclusão de que que 4 em 10 brasileiros veem incentivo do presidente à ilegalidade na Amazônia.
Cirurgias eletivas
Assunto que vinha dando muita dor de cabeça ao governo estadual – e devidamente explorado pela oposição – Carlos Moises garante que será dobrado o número de cirurgias eletivas realizadas mensalmente em SC, de 11 mil para 22 mil. Se os hospitais entregarem o que o governo contratou, até o fim do ano a fila das eletivas, um problema crônico do estado, será zerada, garante o governador.
Coincidência
Foi coincidência, apenas. Na mesma semana passada, quando surgiu o caso de estupro da menina de 11 anos em Tijucas, passou por mais uma comissão da Assembleia Legislativa projeto que institui um programa estadual de atenção a tais vítimas. A lei atual determina que os exames periciais em vítimas de estupro menores de idade do sexo feminino sejam feitos apenas por mulheres. Mas como há poucas profissionais na área, o projeto permite que a vítima seja examinada também por peritos legistas homens.
Roleta
O deputado federal Carlos Chiodini (MDB-SC), presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, preside debate, nesta quarta-feira, sobre a legalização dos jogos de azar prevista no projeto de lei projeto de lei 442/91, que prevê a legalização de todas as modalidades de jogos, como cassinos, bingos, online e jogo do bicho, aprovado na Câmara e aguarda apreciação pelo Senado.
Justiça desacreditada
É espantoso o nível de descrédito dos nossos tribunais superiores. Um exemplo dos últimos dias: secretários de Segurança Pública de todo país decidiram contrariar indicação do Superior Tribunal de Justiça e manter as revistas policiais. Em abril deste ano, o STJ, por unanimidade, considerou ilegal a busca pessoal ou veicular motivada apenas pela impressão subjetiva do policial sobre a aparência ou a atitude.
Racha
Dizem os potins políticos tubaronenses que desde que foi convidado pelo governador Carlos Moisés (Republicanos) para ser seu coordenador de campanha no sul de SC, ficaram mais frias do que já estavam as relações do prefeito Joares Ponticelli com os caciques do seu partido, o PP, que tem pré-candidato a governador, o senador Esperidião Amin.
Fora
Governadores de 11 estados acionaram o Supremo Tribunal Federal para pedir a declaração de inconstitucionalidade de regras da Lei Complementar federal 192/2022 que determinaram a uniformidade, em todo território nacional, das alíquotas do ICMS incidente sobre combustíveis. A alegação é de que essa inovação legal impõe ônus excessivo e desproporcional aos estados e ao Distrito Federal, comprometendo continuidade dos serviços essenciais prestados à população. Carlos Moisés não tomou um posicionamento oficial.