Realização de um sonho: irmãos viram bombeiros voluntários e fazem plantão juntos em Joinville
“É um sonho para quase todas as crianças”, conta Thalyta
Sempre aventureira, Thalyta Reghin, de 43 anos, desejava atuar como bombeira voluntária desde quando era criança. Embora tenha uma farmácia e formação na área, decidiu fazer o curso e virar bombeira. Motivada pelo irmão Thiago, há dois anos Thalyta e ele se tornaram bombeiros juntos e começaram atuar na corporação do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville.
Thalyta tem a família na área da saúde. Assim como ela, o irmão e os pais são farmacêuticos. Ela conta que ama a profissão, assim como é apaixonada por trabalhar como bombeira nas horas de folga.
“Para mim não é um fardo, não é uma coisa ruim. É legal a retribuição e a alegria de você ver a pessoa quando você naquele momento ajudar. Às vezes o bombeiro não vê a pessoa muito alegre, mas você pode dar uma força naquele momento que a pessoa está passando por um apuro, por uma situação difícil.”, explica a bombeira.
Trajetória
Thalyta faz trabalho voluntário desde quando morava no Paraná, há mais de 18 anos. Escoteira e montanhista, conhece o poder que a adrenalina e o voluntariado tem sobre ela. “As pessoas pensam que você não ganha nada para fazer isso, mas pelo contrário, a gente ganha muito”, conta a bombeira.
Mas quem a incentivou a abraçar o sonho de infância e realizar o curso de formação para bombeiros foi o irmão Thiago, que também é farmacêutico. Os dois decidiram virar bombeiros e, inclusive, fazem plantões de 12 horas juntos. “Quando fiquei sabendo que ia ter esse processo seletivo do bombeiro, falei para a gente entrar e ela topou de primeira”, conta Thiago.
Para o caçula, a oportunidade de servir como bombeiro é a união do útil ao agradável. “Ajudar a sociedade e ter a adrenalina quase o tempo todo”, explica. A conexão entre os irmãos é um ponto forte para Thiago. Com apenas quatro anos de diferença, ele e Thalyta conseguem se comunicar apenas com o olhar. “Isso ajuda muito quando estamos fazendo plantão juntos”, confessa.
Cotidiano
Como Thalyta tem uma farmácia e precisa gerir o negócio, ela faz os plantões da noite. Uma vez por semana ela chega no quartel às 18h30 e volta para casa às 6h30. A bombeira conta que o plantão começa com a revisão dos carros, ambulâncias e caminhões. Quando está tudo pronto, a equipe realiza um treino e janta. A partir das 0h, os plantonistas estão autorizados a subir para os dormitórios.
Durante a noite, a sirene toca com diferentes sons, que mobilizam as diferentes equipes que descansam nas camas. Em poucos segundos, os voluntários descem e se arrumam para um novo salvamento ou combate a incêndio.
“Hoje eu sou muito feliz em poder me dedicar pelo menos 12 horas por semana ajudando a comunidade de Joinville”, completa Thiago.
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