Covid-19: infectologistas recomendam não receber visitas nas festas de fim de ano

Confira o que os especialistas recomendam para Natal, Ano Novo e a temporada de verão

Covid-19: infectologistas recomendam não receber visitas nas festas de fim de ano

Confira o que os especialistas recomendam para Natal, Ano Novo e a temporada de verão

Fernanda Silva

Diferente dos anos anteriores, as tradições de Natal e Ano novo deverão ser repensadas neste 2020 por conta da pandemia. Ceias que reuniam familiares e amigos de outras cidades deverão dar lugar a comemorações menores. Abraços serão substituídos pelo distanciamento social. Sem contar o uso da máscara. Estas são apenas algumas das recomendações para prevenir a infecção pela Covid-19, segundo especialistas.

Infectologista Tarcísio Crocomo | Foto: Univille/Divulgação

De acordo com o infectologista Tarcisio Crocomo, a população deve continuar seguindo as orientações dadas ao longo de todo o período pandêmico. Para as festas de fim de ano, há algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir o risco de contágio. Em primeiro lugar, aponta, é reduzir o número de participantes e evitar aglomerações.

O médico explica que o ideal é não manter os encontros, mas caso a família se reúna, é importante que seja em lugares abertos. Se não for possível, deve-se manter janelas e portas abertas para a circulação de ar. 

Outra recomendação é reunir apenas os moradores da mesma casa. Agora, caso alguém resolva aparecer para uma visita, é importante ficar pouco tempo no local, distante e sempre de máscara. “Evitar aglomerações, usar máscara e álcool, são as nossas armas para nos protegermos”, afirma.

O infectologista Luiz Henrique de Melo, responsável técnico do Centro de Triagem de Joinville, reafirma as mesmas recomendações dadas pelo colega. Porém, destaca mais uma vez a necessidade do uso da máscara. “Apesar de serem ambientes abertos, ficar sem máscara e no meio de aglomerações, onde as pessoas falam, gritam e cantam, aumenta a propagação do vírus. Deve-se ficar de máscara e só tirar para comer”, afirma. Isso porque o coronavírus se espalha através de gotículas e, quanto mais alto falamos, mais gotículas são expelidas no ar.

Para aqueles que sentiram algum sintoma durante o período, Crocomo faz um alerta em especial. Neste caso, deve-se manter o isolamento e não participar da comemoração pessoalmente. “Vamos ter Natal para o resto da vida, mas precisamos preservar os nossos familiares”, comenta. 

Os cuidados para evitar a propagação da Covid, não é apenas um ato para a proteção de si própria, comenta Cromoco, mas também com as pessoas ao nosso redor. “Muitos vão melhorar, mas em alguns organismos vai ser fatal.”

Temporada de verão

Além das festas de fim de ano, o período que se aproxima também é a temporada de verão. As praias do Estado costumavam lotar nesta época e, agora, também poderão sofrer restrições.

Mesmo com a Covid-19, é possível curtir o período, afirma Crocomo. “Não é impossível fazer e se preservar ao mesmo tempo”, diz. 

Nestes casos, ele recomenda que a população evite sair e realize programas em casa, com outras formas de lazer, como ler livros e tomar sol próximo da piscina. 

Melo explica que a água não propaga o vírus, como o ar, por tanto, não há risco de transmissão no contato com ela. Porém, as pessoas costumam ficar próximas umas das outras, tanto nas praias quanto nas piscinas e é aí que mora o perigo. Portanto, mais uma vez, é importante manter o distanciamento, mesmo em locais abertos.

Cromoco recomenda que, caso a pessoa resolva dar uma volta na praia, o ideal é buscar horários de menos movimento e sempre utilizando máscara. Se ao chegar no local, notar que há muitas pessoas, ela não deve ficar.

Para o próximo ano

Em dezembro, o número de casos da Covid-19 aumentaram de forma acelerada, se comparado com os dois meses anteriores. Melo afirma que a flexibilização de diversas medidas restritivas e as eleições contribuíram para o cenário atual.

Doutor Luiz Henrique Melo | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Normalmente, a saúde sente o aumento da procura de pacientes de duas a três semanas após eventos com aglomerações, segundo o infectologista. Por isso, ele faz um alerta: “as atitudes que tomarmos agora vão se refletir entre o fim e começo do próximo ano. Com chance de colapso no sistema de saúde.”

Pensando nisso, os dois especialistas, tanto Melo quanto Crocomo, afirmam que, o ideal, é evitar encontros no fim de ano e nas férias de verão.


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