Região de Joinville está entre as mais afetadas pelo tarifaço dos EUA, aponta estudo
Estudo foi elaborado pela Fiesc
Estudo foi elaborado pela Fiesc
Joinville e a mesorregião Norte estão entre as áreas mais afetadas pelas tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Um estudo elaborado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) mostra que a região terá redução de 0,30% no PIB no cenário mais provável, ficando atrás apenas da região Serrana, a mais prejudicada pelo chamado “tarifaço de Trump”.
Segundo a nota técnica, a perda para o Norte tende a ser menor do que a registrada na Serra por conta da diversificação econômica de municípios como Joinville e Jaraguá do Sul, que ajudam a amortecer o impacto em setores específicos. Mesmo assim, os efeitos devem ser sentidos na região.
“Embora abrigue municípios afetados por setores vulneráveis e com diversificação semelhante à Serrana, o Norte demonstra impactos ligeiramente menores. A presença de centros industriais mais diversificados, como Joinville e Jaraguá do Sul, deve amortecer o impacto à mesorregião como um todo”, explica o economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt.
No cenário de queda de 30% das exportações para os EUA em um a dois anos, Santa Catarina teria retração de R$ 1,2 bilhão no PIB, com perda de cerca de 20 mil empregos e redução de R$ 171,9 milhões na arrecadação de ICMS.
A mesorregião Serrana seria a mais afetada, com recuo de 0,53% no PIB, seguida pelo Norte (-0,30%), Oeste (-0,25%), Vale do Itajaí (-0,22%) e Sul (-0,17%). Já a Grande Florianópolis não deve apresentar redução no curto prazo, mas pode sofrer queda de 0,99% do PIB no longo prazo, caso o impacto se estenda por até quatro anos.
O estudo também simulou cenários mais severos, com redução de 50% ou até 70% das exportações para os EUA, caso a economia americana enfrente estagnação ou crise. No pior cenário, a perda pode ultrapassar 100 mil empregos no estado.
Para mitigar os efeitos, a Fiesc lançou o programa desTarifaço, com medidas de apoio às empresas exportadoras.
“Uma das frentes é a produção de informações para a tomada de decisão pelas empresas, pelo poder público e pela própria Federação”, disse o presidente da entidade, Gilberto Seleme.
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