Rejane Gambin fala sobre entrada na política, processo seletivo para comissionados e OS no São José

Candidata concorre a vice-prefeita de Joinville no segundo turno, que será decidido neste domingo, 29

Rejane Gambin fala sobre entrada na política, processo seletivo para comissionados e OS no São José

Candidata concorre a vice-prefeita de Joinville no segundo turno, que será decidido neste domingo, 29

Fernanda Silva

Idade: 53 anos
Naturalidade: Guarani das Missões (RS)
Profissão: Jornalista
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna:
30

Vice de Adriano Silva (Novo), nasceu em 11 de maio de 1967 em Guarani das Missões (RS). Chegou a cursar Artes Plásticas, no entanto não concluiu e iniciou na carreira de jornalista na RBS TV Santa Rosa, quando ingressou no curso Jornalismo. Em 1998, veio a Joinville, onde os pais já moravam, e concluiu a faculdade. Rejane é casada, mãe de Lucas e avó de Miguel.

A candidata já trabalhou na RBS de Jaraguá do Sul e foi editora-chefe da filial em Joinville. Anos depois, foi professora do curso de Jornalismo na Faculdade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Ao voltar para Joinville, assumiu o cargo de gerente de jornalismo na Rádio Floresta Negra, passou pela rádio Cultura e voltou para o Grupo RBS, onde permaneceu até 2018. Há nove anos é uma das vozes oficiais do Festival de Dança de Joinville e, recentemente, passou a atuar como digital influencer.

Na entrevista desta quarta-feira, 25, Rejane falou sobre como foi o convite para ser candidata a vice-prefeita pelo partido Novo, processo seletivo e construção do plano de governo. Também comentou sobre como será sua atuação como vice-prefeita e a organização dos cargos comissionados, que deverão ser escolhidos por meio de processo seletivo.

No setor da cultura, Rejane afirmou que a chapa pretende repensar o edital do Simdec,  incentivo a eventos culturais e abertura de coworking na antiga prefeitura para dar assistência aos agentes culturais durante produção de projetos.

Rejane defendeu a parceria público-privada no funcionamento do Hospital São José, em um modelo semelhante ao Hospital Infantil, e o suporte do Estado na unidade. “E, também, vamos lutar para que o Governo do Estado apure essa parcela de gastos de outras cidades que vem para cá. Isso é importante para a saúde do Hospital São José, para termos o São José ainda melhor. Daqui a pouco, falta dinheiro na prefeitura e aí o São José começa a ter muitos problemas novamente, como a gente já viu”, afirma.

Assista à entrevista na íntegra:

Caso alguém ainda não a conheça em Joinville, quem é Rejane Gambin?

Eu sou jornalista, tenho 53 anos, conheci e me apaixonei por Joinville na década de 90. Os meus pais vieram morar em Joinville, eu morava no Rio Grande do Sul e conheci a Cidade das Flores. Naquela época, era realmente a Cidade das Flores. Quando eu entrei aqui, vi que queria morar nesta cidade e que era aqui que eu queria passar meus dias, de tanto que eu fiquei tocada quando eu entrei aqui. Sou jornalista, nos últimos anos as pessoas me acompanharam trabalhando na RBS, depois NSC, mas eu passei pela Floresta Negra, jornal A Notícia, rádio Cultura. Teve um tempo que trabalhei na Secretaria de Comunicação, um tempo mais curto, na prefeitura. Fui professora do Ielusc. Falando só de Joinville. As pessoas me conhecem muito também por todos esses lugares por onde passei. Sou uma cidadã e hoje trabalho por conta própria na minha empresa, sou uma empreendedora do mundo da comunicação. Pago meus impostos. Eu entrei nesta campanha política junto com o Adriano, nesta chapa, para mudar Joinville porque, como cidadã e como jornalista, eu entendo que essa não é mais a Joinville que eu conheci um dia, essa não é mais a cidade que a gente merece. O povo de Joinville é muito trabalhador, sempre digo isso em todas as minhas falas, eu nunca vi em nenhum lugar do mundo um povo que domingo a noite cedinho vai dormir, se preocupa em dormir cedo para estar segunda-feira de manhã descansada e poder cumprir com seus compromissos. É um povo ordeiro, acolhedor, que ajuda o próximo. Eu entendo que a gente precisa de uma Joinville melhor, voltada para as pessoas, que pense em criar oportunidades de emprego, nós somos conhecidos por ser um grande celeiro de oportunidades. Uma Joinville que pense em lazer e que pense as pessoas em suas pluralidades. E eu, como cidadã, como diz uma camiseta do partido Novo, eu resolvi sair da indignação e partir para a ação. Porque, muitas vezes, a gente fica reclamando, diz que não está satisfeito, que não é do jeito que a gente gostaria, que os políticos não nos representam, mas a gente fica do lado de trás, até porque não é fácil vir para o lado da frente e de repente virar vitrine, começar a sofrer acusações, fake news. Enfim, você começa a ser atacado. Por conta de tudo isso, eu decidi realmente sair da indignação e falar: “ok, chegou a minha vez”. O Adriano é uma pessoa que eu respeito imensamente. Eu o conheço há muito tempo, a gente veio se conhecendo em muitos eventos que tinham o foco de assistência, de ajudar o próximo, que é algo muito presente na minha vida e na dele, de fazer pelo o outro. E aí, quando ele me convidou, eu já tinha simpatia pelo processo e tudo o que o Novo vinha fazendo, a caminhada do partido. Eu já tinha aderência aos princípios e valores. E aí, vendo o Adriano, que também já estava no Novo, uma pessoa série, que se dedica pelo próximo, que realmente quer fazer alguma coisa pela cidade em que a gente vive, eu falei: “com você, eu vou nessa”. Eu não iria por nenhum outro partido, nunca tive pretensão política nenhuma e naquele momento tocou meu coração, de realmente, seguir a minha vocação. Porque, como jornalista, eu fiz o juramento de trabalhar para melhorar o mundo, cuidar das pessoas, melhorar o lugar onde eu vivia. Isso é a continuação. Mais uma vez a minha entrega, agora muito maior, por uma cidade e uma população inteira. Então, essa é a Rejane que as pessoas conhecem e uma Rejane nova e que está se envolvendo na política.

Quando surgiu essa oportunidade e esse convite para ser vice-prefeita? Como foi? Qual foi a sua primeira reação ao receber o convite?

De verdade, a primeira reação que tive foi um susto. Como eu disse para você, eu nunca tive nenhum planejamento de entrar para a política. Zero. Muito pelo contrário, eu falava que eu jamais entraria para a política, por conta de todos os escândalos. Cada vez que eu via um escândalo de um político, que fez o que não devia, que se apropriou de dinheiro que era público ou que fazia um contrato irregular. Enfim, sempre penalizando o povo, porque se alguém tem o privilégio de alguma coisa, alguém está sendo penalizado. Então, quando eu via isso, pensava que tristeza que é a política. Que tristeza o que esses políticos fazem. Eu não concordava e ficava muito indignada. Então, quando o Adriano me chamou para conversar, a gente não tinha uma relação de profunda amizade, a gente fazia ações sempre juntos e nos encontrávamos, muitas vezes eu como repórter e ele como centro da pauta, como na Central Solidária. E aí, é engraçado, que eu ia lá e falava: “Adriano, eu preciso de uma entrevista sua”. E ele falava: “eu não preciso aparecer, Rejane. Eu estou aqui, mas conversa com o pessoal”. Então, era sempre uma pessoa que não queria aparecer e fazia muito pela cidade. Eu vou estar muito impressionada com ele. Então nossa relação era sempre assim, em momentos a gente se encontrava, tinha uma admiração mútua, mas a gente, enfim, seguia cada um a sua vida. No dia em que ele me ligou e falou para mim que ele queria falar comigo, eu não conseguia imaginar qual era o motivo. Eu não sabia que ele estava com essa pretensão com o Novo. Quando cheguei lá, ele disse: “decidiu e cansei, estou sendo impactado pela política sempre, tenho dois filhos, eu moro em Joinville, quero ficar morando aqui, eu amo essa cidade, quero fazer diferença, partir para ação e quero uma mulher do meu lado. Eu decidi e gostaria que essa mulher fosse você porque eu conheço a cidade de ambulância, você, como jornalista. Você é uma pessoa que se comunica bem, gosta de gente. Eu sempre vi nos eventos e em todas as coisas, sempre muito perto e atenciosa com as pessoas. E eu quero esse olhar, não um governo fechado, um governo aberto, que se comunique, dê resposta, escute e que responda, nem que essa resposta não seja o que a pessoa quer ouvir. Que seja uma pessoa com um olhar para entender quem é o servidor, aquele valioso, para juntar esse time junto comigo e a gente liderar todos juntos na mesma direção”. Quando ele falou isso, quase cai sentada, levei um susto. Fui assimilando tudo aquilo e pedi para ele um tempo para pensar, porque envolvia toda uma decisão de vida, meu marido, meu casamento, filho, nora, neto, que eu sabia que estava quase sendo encaminhado para nascer, enfim. Eu tinha que pensar com todos eles, com minha mãe, minhas irmãs, porque, junto com uma campanha política, vem tudo isso que a gente está vendo agora, que é essa sujeirada toda de fake news, ataques e tudo mais. Além de perceber se eu tinha vocação para estar na prefeitura como uma vice-prefeita. Eu demorei uns dias para tomar a decisão, disse para o Adriano que sim e soube já que teria que passar por um processo seletivo, me coloquei a disposição, me filiei ao Novo, porque como disse, também já acreditava no partido, nos princípios e valores. A partir daí fui passando pelo processo seletivo. Já em agosto, dei a resposta e comecei a estar com o Adriano em todas as reuniões, como voluntária, em planejamento, estratégia, pensar o que iríamos fazer na prefeitura. Então, desde então eu venho fazendo essa caminhada com ele. Eu tive no início do ano a aprovação final, passei por várias entrevistas, provas e aí eu disse ao Adriano que, mesmo que eu não fosse aprovada, eu estaria ainda apoiando ele neste projeto. Acredito firmemente nele e neste projeto. Aí, eu fui aprovada e a gente só seguiu a caminhada. Participei de todas as reuniões, de toda a construção deste plano de governo aqui, também tem o meu dedo. Porque, quando o Adriano me convidou, ele falou: “eu não quero uma vice-prefeita decorativa que vai ficar sem função e que ninguém sabe quem é”. Eu disse para ele, então, que ele tinha convidado a pessoa certa. Eu não aceitaria ser uma vice-prefeita decorativa. Quem conhece minha trajetória como jornalista, gerente de jornalismo, coordenadora de televisão, editora-chefe, eu sou uma pessoa muito ativa e que realmente arregaça as mangas, vai em frente e não mede esforços para fazer o que eu me proponho a fazer. Se realmente no domingo nós formos eleitos, se for a vontade do eleitor e de Deus, a partir de segunda estarei ainda mais atuante já e como vice-prefeita a partir de janeiro, em Joinville.

Caso seja eleita, como pretende atuar como vice-prefeita?

O meu papel vai ser exatamente esse. Hoje me perguntaram se vou assumir alguma secretaria. Não vou assumir nenhuma secretaria. O Novo preconiza uma coisa, e que eu respeito muito, é que a gente tem que respeitar o voto do eleitor. Se o eleitor vota para quatro anos você ficar fazer determinada coisa, você não tem que ficar dois, tem que ficar quatro anos. Se você for eleito, se neste momento as pessoas aprovaram essa chapa, derem a maior parte dos votos para chapa do Adriano como prefeito e a Rejane como vice, eu serei quatro anos vice-prefeita de Joinville. Então, esse é o meu papel e, a partir disso, fazer aquilo que eu disse antes, conectando pessoas, ouvindo informações. Em um primeiro momento, atuando muito fortemente com o Adriano na prefeitura, entendendo quem são as equipes, ajudando esse processo seletivo que vai formar todo o nosso time e, mais uma vez aqui que, se formos eleitos, a partir de segunda-feira já começam as informações sobre os editais de processo seletivo. Ou seja, não vai ter amigo do amigo, não vai ter como em campanhas que ganham cargo. Isso não vai existir. Nós vamos ter um time super competente e nós torcemos muito, inclusive, para que em todo esse organograma, muitas dessas vagas sejam preenchidas por servidores municipais, que têm conhecimento, merecem ser valorizados e que realmente vão nos ajudar a levar Joinville para frente. O meu papel vai ser esse, estar com essas pessoas, entender as dificuldades que eles têm, porque eles também têm dificuldades lá dentro, conectando com os problemas daqui de fora, estando com o Adriano, levando essas informações para ele, para a gente ir cada vez mais trabalhando e resolvendo todos essas pedras que vamos encontrar no caminho, tirando elas da frente e avançando. Vai ser fácil? Claro que não vai ser fácil, mas díficil também não é, principalmente se tiver dois líderes na prefeitura e é isso que nós seremos, dois líderes, Adriano e eu, com a mesma visão, um confiando no outro. Não nos unimos por um acordo, mas por confiança. Estreitamos essa confiança, o nosso olhar para essa caminhada durante todo esse tempo. Então, a partir de 1º de janeiro, nós estaremos muito prontos para seguir com firmeza, porque nós sabemos que queremos levar Joinville para o futuro. E, principalmente, fazer uma cidade para as pessoas, que pense nas pessoas com carinho e cuidado em tudo o que elas precisam.

A atual gestão deve deixar a prefeitura com mais de 50% de rejeição da população. Qual a principal mudança que vocês pretendem promover?

Eu, pessoalmente, acredito que esse governo foi muito fechado, falando como cidadã, como Rejane que paga seu importo, trabalha e vive aqui. Foi um governo muito centralizador e fechado. Aí, como jornalista, a gente ouviu muito também que o governo era realmente muito centralizador, então as coisas demoravam muito para acontecer. Teve a questão de que não houve processo seletivo, então as pessoas criticam que não são pessoas qualificadas para estar em determinado lugar. Se a pessoa não é qualificada, o servidor fica desestimulado a trabalhar, porque ele tem como chefe dele alguém que cuida do trabalho dele, chefia e que não entende nada. Isso é desanimador. Imagina se eu tivesse no Adriano uma pessoa que eu não confio ou acredito, seria do mesmo jeito. Uma das coisas que me anima muito é olhar para o Adriano todos os dias e falar que é com esse cara que eu quero estar do lado fazendo este trabalho. Tudo isso e mais uma falta de comunicação imensa, na minha visão, atrapalhou. Porque esse governo, como todos, o Novo fala muito disso, não somos contra partidos ou pessoas. Somos a favor de projetos e ideias. Nós não criticamos todo mundo e não elogiamos todo mundo. O Bolsonaro tem coisas boas que a gente aprova, por exemplo, as ideias que ele tem de mercado liberal, de abrir a economia e, isso, agente concorda, mas tem outras que a gente não concorda. Então, a gente não é a favor e nem contra o Bolsonaro. Especificamente falando do governo Udo, ele fez muita coisa boa, mas ele não conseguiu comunicar essas coisas. Então, de repente, ele acaba o governo com as pessoas achando que ele só fez coisa ruim. Aí, vem essa obra do Rio Mathias, muito mal acabada, toda essa história que doeu em milhares de pessoas, negócios foram perdidos, a cidade está com uma incerteza gigante, que vai ficar para o próximo prefeito, então todas essas coisas culminaram para, infelizmente, o governo que está saindo, saia com uma marca muito triste e rejeição muito grande.

Você pretende incentivar a volta dos concursos públicos?

Nós temos sim a vontade de incentivar a volta dos concursos públicos, abrir na medida que isso for possível. Hoje, tem uma medida do governo federal que todas as cidades que se utilizaram de recursos e que foram enviados por conta da pandemia, não podem abrir concursos. Mas, também há uma lacuna dizendo que, na medida que se precisem se cargos especiais, de necessidade ou vacância, que é uma coisa mais técnica, você pode abrir concurso. Nós teremos neste primeiro momento, processo seletivo para todos os cargos comissionados. A informação que nós temos é que são 500 cargos comissionados. Se for necessário que se preencham os 500, faremos o processo seletivo para todos, incluindo diretores, secretários, gerentes. Qualquer pessoa pode participar, o que vai importar é ser técnico e ter a capacidade de cumprir aquela função. A partir daí, a regra mudando ou a gente tendo a permissão da legislação para abrir concurso, se for necessário, vai ser aberto. Mas sempre entendo que a gente tem que cuida da saúde do cofre da prefeitura, se não, não adianta a gente inchar essa máquina e ninguém mais conseguir receber o salário, enfim, a gente não poder mais honrar os pagamentos porque não tem recurso.

Qual o seu primeiro desejo de mudança para as mulheres de Joinville?

Vou ser bem sincera. É que as pessoas que já estão demonstrando que querem mudança, nós tivemos aí mais de 60 mil votos de pessoas de pessoas que estão dizendo que querem uma nova forma de política, que essas pessoas, junto com esse voto, validem a presença de uma mulher. Porque a gente ainda vive em uma situação, uma sociedade muito machista, em que, muitas vezes homens, e mulheres, olham para uma mulher e falam: “será que essa mulher pode isso?”. Eu, como mulher, represento todas essas mulheres que podem, quiserem e tiverem preparo para. Eu, por exemplo, passei por um processo seletivo bem rigoroso, fui muito questionada, me preparei, estudei, já conhecia a realidade de Joinville, mas busquei me preparar mais, entender qual era meu papel e o que eu poderia fazer nisso. Então, meu maior desejo, nesse dia, entender que esse voto também foi de confiança para as mulheres que eu represento. Este é meu grande desejo em um primeiro momento. No segundo, já vou desejar que a gente tenha muita força e que Deus nos ilumine para que a gente possa fazer tudo que a gente deseja por Joinville. Tenho certeza que a gente vai ter um time muito grande puxando para uma mesma direção, que é fazer com que Joinville melhore e avance para frente.

Você é uma das vozes do Festival de Dança de Joinville. Na sua visão, qual a principal carência do setor cultural da cidade?

O setor cultural da cidade ficou muito enfraquecido nos últimos tempos. Inclusive, já quero dizer que, se eu for vice-prefeita ou não, no ano que vem continuarei sendo a voz do Festival de Dança, se a legislação me permitir, parece que permite, porque o partido Novo fala muito que nós somos quem nós somos, muito diferente da política tradicional. As pessoas se elegem e viram reizinhos, que a gente nem consegue falar direito com eles, sobem para outro pedestal. Nós não somos assim. Vamos continuar sendo as pessoas que nós somos, do mesmo jeito, e eu terei muita honra de ser, talvez, mais uma vez, é o meu desejo, a voz do Festival de Dança, talvez já como vice-prefeita. Sobre a cultura, ontem tive uma live com o setor. A gente sabe que os museus precisem de cuidado, nós queremos fazer as quadras culturais para poder fortalecer essa coisa cultura. Para quem mora em Joinville. Tem muito joinvilense que não quer sair daqui no fim de semana ou no fim do ano, ele quer ficar e curtir a cidade aqui. Então, a gente quer fortalecer esses agentes culturais. Entendemos também que hoje o Simdec que é uma ferramenta para que os agentes culturais possam investir em projetos, fazer exposições, produções. A gente quer olhar novamente o Simdec, ver o que a gente consegue fazer, porque ele ficou muito difícil de ser acessado. Através disso, a gente consegue apoiar a cultura e tudo está interligado. A partir daí, queremos também ter um coworking, onde a gente vai unir lá na prefeitura antiga, que vamos chamar de Farol. Lá a gente vai reunir, de repente, representantes do Sebrae, pessoas que fazem projetos, servidor que possa falar de Simdec, um espaço para que as pessoas se conectem. Porque a gente entende que temos que conectar as pessoas. Talvez, eu, Rejane, soubesse fazer alguma coisa, mas não sei fazer o projeto para buscar o recurso e, a gente permitindo que essas pessoas se conectem e conversa, a cultura se eleva, as pessoas conseguem fazer mais coisas na cultura. Vai fortalecer esse olhar na cidade. As pessoas, através da quadra cultural, vão conhecer, já conhecem o MAJ, mas vão conhecer o Juarez Machado. Quando a gente colocar bandeirolas, que algo que queremos fazer, avisando que tem eventos. As pessoas estarão mais nesses eventos culturais e assim a gente vai fazer uma conjunção de muitas ações para que a cultura seja fortelecida, porque ela está, realmente, com muitas dificuldades.

Um dos principais e grandes problemas de Joinville é a desigualdade social. Na sua visão, de que forma a prefeitura pode colaborar para reduzir esse problema?

Trabalhando pelo cidadão de verdade. O Novo fala que todos somos iguais perante a lei. Uma coisa que eu ouvi muito andando por aí, falando em desigualdade social, essa semana estive com uma família no Morro do Meio, e ouvi de três filhos de um mesmo pai, mas eram senhores diferentes, que tinham seus negócios diferentes, que a prefeitura abandonou o Morro do Meio. Ontem eu estive no bairro Fátima, os moradores lá perto de uma região que tem muita poluição e invasão, também falaram que se sentem abandonados. A gente vai para regiões que eles falam: “aqui está faltando tudo”. Outras, a gente vai e falam: “aqui está faltando isso e isso”. Então, tem muita desigualdade em relação a segurança, saneamento, educação, saúde. Nós temos muitos problemas. Uma cidade com 600 mil habitantes, multiplica isso muitas vezes e vamos ter a quantidade de problemas. Como a prefeitura age? Como resolve? Agindo de verdade, não cruzando os braços, dizendo não temos dinheiro e não podemos dizer nada. Mas tentando encontrar soluções, que permitam que a gente vá fazendo avanços. Que a gente possa, por exemplo, em determinada região que tem muito problema com consulta, para exame, tem muita gente reclamando com isso, vamos fazer uma outra ação e tentar, de repente, comprar consultas e exames para podermos avançar podermos avançar com essas pessoas. Se em determinada região tem muito problema com atendimento, lá vamos nós entender qual esse problema, como a gente sana aquilo, com a equipe, ver o que está acontecendo. Avança na qualidade da educação. Muitas vezes eu fui fazer reportagem com professores assim, que te dá orgulho, assim, muito competentes e com entrega. Entrar nisso e avançar na educação. Hoje nós temos um excelente Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) falando em nível de Brasil, mas a gente pode pensar em Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), outro referencial de educação e que se usa fora do Brasil. Então, quanto mais a gente avança em pequenos passos, mais a gente vai diminuindo essa desigualdade social. Essa desburocratização da cidade, a gente permite que as empresas voltem a se instalar aqui, gere emprego e oportunidade. As pessoas podem, de repente, sair de um lugar em que elas não ganham tanto para ganhar um pouquinho mais. Se elas trabalham na informalidade, podem ter uma carteira assinada, plano de saúde. A gente não pode pensar em uma fórmula mágica, a gente tem que pensar em um contexto verdadeiro e não dizer que não dá para fazer, mas ir fazendo todas as ações possíveis para a gente ir subindo passo a passo. Principalmente, o que o Novo preconiza: pensando numa Joinville lá no futuro, não tomando decisões agora e que nos custem muito lá na frente. Olhando as coisas sempre com o que a gente precisa fazer agora, mas olhando pro futuro, para que a cidade continue avançando. Não que ela ande um tempo e volte para trás, ande um tempo e que o próximo prefeito pega um abacaxi que ele não sabe como resolver.

Na área da saúde, o que você entende que é a prioridade hoje em Joinville?

Nós entendemos que temos que enfrentar de frente a questão do Hospital São José. O Adriano tem falado muito sobre isso também. Eu sou hoje voluntária no Hospital Infantil, acompanho bem de perto o que é feito, um trabalho primoroso e muito elogiado. O Hospital São José também temos um bom trabalho, sabemos que podemos aprimorar e avançar. Mas, tem uma questão que preocupa muito que é a quantidade de recursos que o São José absorve. Hoje recebemos uma grande quantidade de doação. O custo que fica para o joinvilense. Outras cidades que vem para o Hospital São José. Nós entendemos que a gente tem que ter coragem para mudar isso e colocar em uma organização social, as pessoas que estão trabalhando hoje, continuam com todos os seus direitos, e ao longo do tempo, conforme abre vaga, para os novos contratados vem já a partir da OS com uma nova formatação. E, também, vamos lutar para que o Governo do Estado apure essa parcela de gastos de outras cidades que vem para cá. Isso é importante para a saúde do Hospital São José, para termos o São José ainda melhor. Daqui a pouco, falta dinheiro na prefeitura e aí o São José começa a ter muitos problemas novamente, como a gente já viu. Eu já vi meu pai internado no São José muitos anos atrás, onde ele estava no Pronto Socorro, tinha uma bandeira que caia em cima dele. Então, não é essa saúde que a gente tem que dar para as pessoas. Como a gente resolve isso? Enfrentando de frente e entendendo que a gente tem que olhar isso para o próprio Hospital São José ser melhor, para que as pessoas que trabalham lá tenham melhores condições, ter um hospital mais capacitado, com mais estrutura, com as compras feitas de uma forma melhor e alguém organizando tudo isso. Na minha visão, a gente precisa entender da saúde de todos os bairros, postos de saúde e o Hospital São José que precisa que a gente atue já.

Que mensagem final você gostaria de deixar para o eleitor joinvilense?

Eu quero te agradecer pela oportunidade e pelo espaço. Fizemos uma ginástica para poder atender vocês, não estamos conseguindo atender todo mundo. Estamos indo da manhã a noite. Hoje eu acordei às 5h20, para ter uma ideia. A rotina não está fácil, mas faz parte deste momento e a gente vai ajeitando. O meu recado para quem estiver acompanhando é que mais de 60 mil pessoas já disseram que querem uma cidade diferente, a mudança, querem acreditar. Adriano está preparado para ser prefeito e eu estou preparada para ser vice-prefeita e nós queremos montar um time muito qualificado para estar a frente da prefeitura. Queremos ter um olhar muito carinhoso e cuidadoso, tanto com quem está no trabalha no serviço público quanto quem vive nessa cidade. Então, se você é uma dessas pessoas que quer essa forma de governar e fazer política, que não usa dinheiro público, que sai na rua, conversa com as pessoas, responde todas as pessoas e suas perguntas, sem medo de dizer que alguma coisa a gente não tem uma resposta pronta. Se você é uma dessas pessoas que quer levar Joinville para um outro caminho, esse caminho é o Novo. Aí, eu peço humildemente que no domingo então você vote no 30.


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