Relíquia de Joinville, órgão da Igreja da Paz passa por manutenção; veja fotos
Limpeza e afinação são alguns dos serviços realizados no instrumento tombado pelo patrimônio cultural de Joinville
Limpeza e afinação são alguns dos serviços realizados no instrumento tombado pelo patrimônio cultural de Joinville
Relíquia de Joinville, o centenário órgão da Igreja da Paz está passando por nova etapa de manutenção. Limpeza e outras medidas de conservação são alguns dos trabalhos realizados para que o instrumento continue sendo utilizado.
Mesmo protegido durante todo o processo de restauração da Igreja da Paz, em 2022, o órgão ficou muito tempo sem ser operado. O uso sem a devida manutenção pode acarretar danos. Por isso a necessidade, após o completo desmonte, de uma revisão geral, limpeza, harmonização e afinação do instrumento.
A Família Artesão Rigatto e Filhos é responsável pelo trabalho. A empresa fabrica e restaura órgãos e há décadas presta serviço à Igreja da Paz. Em 2008, foi a responsável pela restauração do órgão.
“Para nós, o órgão de tubos é considerado um instrumento histórico, até porque eles vieram, em sua maioria, de organarias da Alemanha. É um instrumento que tem muitas possibilidades, tem suas peculiaridades, e pode transformar obras quase em orquestras, por possuir muitos registros. Ser um organista não é algo simples”, explica a musicista e educadora musical Cladis Erzinger Steuernagel.
“O órgão de tubos é um instrumento litúrgico, mas também serve para acompanhar música de câmara e vários tipos de performances. O da Igreja da Paz sempre esteve aberto para grandes concertos, cantatas. Então foram realizados muitos eventos, sempre abertos à comunidade”, complementa.
O projeto de manutenção do órgão da Igreja da Paz é patrocinado pelo Sistema Municipal de Apoio à Cultura (Simdec) e tem apoio da empresa Transtusa. Como contrapartida social à aprovação da proposta, serão realizados em outubro dois workshops direcionados a músicos de Joinville.
O órgão da Igreja da Paz foi construído pela oficina e organaria alemã Friedrich Wiegle e instalado no templo em 1º de dezembro de 1911. É bem tombado pelo patrimônio cultural de Joinville.
O instrumento conta com dois manuais, duas fileiras de teclados sobrepostas, 19 registros e um total de 579 tubos, além de uma organola, que permite a execução de obras musicais a partir de rolos de papel perfurados, confeccionados para este fim.
Em 2008, o órgão passou por um minucioso processo de restauração e foi novamente entregue à comunidade. Desde então vem sendo protagonista de grandes concertos abertos, inserido no contexto musical dos cultos e auxiliando na formação de novos músicos.
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