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Saiba como está investigação sobre professor de Joinville suspeito de apoiar ataque em creche de Blumenau

Delegado responsável pelo caso conversou com a reportagem do jornal O Município Joinville

Saiba como está investigação sobre professor de Joinville suspeito de apoiar ataque em creche de Blumenau

Delegado responsável pelo caso conversou com a reportagem do jornal O Município Joinville

Yasmim Eble

A Polícia Civil está ouvindo os professores e a diretoria na investigação sobre o professor de Joinville que é acusado por alunos de apoiar o ataque em uma creche de Blumenau. Em entrevista ao jornal O Município Joinville nesta quinta-feira, 20, o delegado Vinicius Ferreira, responsável pelo caso, deu detalhes do andamento do inquérito.

Segundo o delegado, a polícia tem até 30 dias para concluir o procedimento. No momento, estão sendo ouvidas testemunhas que trabalham no local como professores, a diretoria e o administrativo. O procedimento é necessário para entender como a escola agiu ao saber da denúncia.

Os pais dos alunos também estão sendo ouvidos. “Nossa ideia é expor o menos possível dos alunos, que estão entre o 1º ano até o 3º ano do ensino médio”, explica Vinicius. Isso porque a Polícia Civil quer diminuir a sensação de pânico na sala de aula, por isso a coleta de depoimento foi iniciada com os professores e o administrativo.

“Ouvindo as pessoas conseguimos desenhar o que aconteceu no momento da fala, a motivação e se outros crimes foram cometidos. Uma testemunha dá o nome de outra e assim conseguimos esclarecer algumas lacunas”, relata.

O professor foi substituído e as aulas voltaram ao normal, o que ajuda com que a investigação ocorra sem interferências.

A intenção da Polícia Civil é enviar os procedimentos e finalizar a investigação até a última semana de abril. “Mais para o final da investigação será possível dizer com mais detalhes o que aconteceu”, completa.

Pedidos negados

Nesta semana, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) negou dois pedidos do professor. Ele solicitou à Justiça que o processo corra em segredo de justiça, mas o juiz entendeu que o caso não cumpre os critérios.

Outro pedido do professor foi para que ele não precisasse mais usar a tornozeleira eletrônica. Ainda no mesmo pedido, ele pediu a redução da distância que deve manter de unidades escolares e alunos. O professor queria a redução de 50 metros para 5.

Neste caso, a Justiça entende que ainda é necessária a fiscalização e controle das atividades do professor, já que ele é investigado por apologia e eventual prática de atos similares aos ocorridos em Blumenau.

Relembre o caso

Alunos da Escola de Educação Básica Dr. Georg Keller, em Joinville, denunciaram um professor por apoiar o ataque na creche em Blumenau.

Um vídeo gravado na sala de aula circula nas redes sociais. É possível ouvir o professor falando que “matava uns 15,20” e diz em seguida que entraria com dois facões, “um em cada mão e ‘pá’”.

A reportagem do jornal O Município Joinville conversou com a mãe de um aluno que estuda na escola estadual. Ela conta que o filho a avisou assim que recebeu o vídeo.

Segundo a mãe, o professor tem “fama” na escola por racismo, homofobia e intolerância religiosa. Ela ainda diz que ele se intitularia como “diabo da escola”.

Questionada se a escola teria passado algum comunicado, a mãe compartilhou algumas mensagens enviadas. “Já o identificamos. Entendemos sua indignação e estamos solidários. Esse tipo de comportamento deve ser combatido. Estamos tratando disso junto ao órgão competente”, diz uma delas.


Imponente Palacete Schlemm, de Joinville, tem detalhes criados pelo artista alemão Fritz Alt:

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