Saiba como está a reforma da rodoviária de Joinville
Reportagem esteve no local da obra, prevista para ser finalizada em novembro
A reportagem de O Município Joinville esteve na rodoviária de Joinville para ver como está o andamento da obra de reforma do espaço, que teve início em março do ano passado.
O serviço pode ser concluído em novembro, de acordo com Luiz Januário, diretor administrativo do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Ipreville), responsável pelo imóvel.
Januário explica que a previsão inicial era de que as atividades fossem encerradas em abril, mas por conta de atrasos gerados pela pandemia do coronavírus e uma divergência na parte de instalação na rede elétrica externa do local, agora, a previsão de conclusão é de 12 de novembro.
“Vale ressaltar que a obra está pronta, não fosse pela pandemia, a rodoviária já poderia estar sendo utilizada. No entanto, houve um atraso por parte da Celesc, que não iniciou em tempo hábil a instalação da nova rede elétrica pela rua Caçador, o que nada interfere nas atividades do local”, explica Januário.
Obras
A ordem de serviço para os reparos foi assinada em fevereiro do ano passado e a reforma teve início em março. Por conta das medidas restritivas do governo do estado em função da Covid-19 — que paralisaram as atividades em duas semanas —, o contrato, que era até abril, já havia sido prorrogado para junho.
De acordo com Januário, a restauração, que contou com investimento de mais de R$ 2,4 milhões, contemplou, inicialmente, o estacionamento e, em seguida, o prédio do terminal rodoviário.
Todo o piso da rodoviária foi trocado, foi feita a instalação de novos bancos próximos ao estacionamento e também houve reforma da rampa de acesso ao piso superior e pintura. Além disso, conforme o diretor, o local agora conta com rotas de sinalização de fuga de incêndio.
Usuários contestam reforma
Com cerca de 94% das obras concluídas, dentro do terminal rodoviário, os guichês já estão vendendo passagens para viagens interestaduais e as lanchonetes já realizam atendimento.
No entanto, o espaço permanece fechado para os coletivos, que têm parado aos arredores da rodoviária para pegar os passageiros. Geane Bocardi, 52 anos, acredita que esta condição coloca a vida dos passageiros em risco.
“Lá fora podemos ser assaltados ou até mesmo atropelados. Além disso, a maioria dos ônibus param no mesmo ponto que o transporte urbano, vira confusão”, diz Geane.
Jair Rezende, 44 anos, chegou a Joinville na segunda-feira, 21, para visitar a uma prima e aguardava o ônibus para retornar a Fortaleza (CE). Para ele, os reparos que foram feitos não são suficientes.
“A reforma que estão fazendo não parece lá essas coisas, não. Os banheiros estão sempre imundos e as portas todas quebradas”, afirma.
Outra reclamação de Rezende é com relação aos carregadores de celular que, em sua opinião, ficam muito longe dos bancos. Além disso, não há adaptadores na parte superior do prédio.
Reforma não contempla banheiros
No dia da visita da reportagem do O Município Joinville à rodoviária, em 24 de setembro, das seis cabines existentes no banheiro superior masculino, uma estava interditada e duas com as portas quebradas. Os banheiros estavam limpos, no entanto, não possuíam papel higiênico, toalha e nem álcool em gel.
Os banheiros femininos também não contavam com produtos de higiene e limpeza. No piso superior, duas portas estavam com as trancas quebradas, já no térreo, duas cabines estavam interditadas.
Mesmo com a necessidade de reparos também nos sanitários, de acordo com Luiz Januário, os banheiros foram reformados em 2015, portanto, o projeto atual não inclui esta demanda. O mesmo acontece com carregadores de celular, que não serão inclusos na parte superior do prédio.
“A obra está pronta. Não será mais mexido na estrutura da rodoviária”, ressalta Luiz Januário.