Saiba como funciona programa da Acij para capacitar profissionais em Joinville
Objetivo é formar cerca de 1,4 mil joinvilenses
Com objetivo de promover capacitação profissional para cerca de 1,4 mil pessoas ainda em 2022, o programa Joinville Emprega +, da Associação Empresarial de Joinville (Acij), já recebeu 380 inscrições no primeiro módulo dos cursos, que tem apoio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Prefeitura de Joinville.
Com as primeiras aulas gratuitas iniciando em março deste ano, a ideia do surgiu pela falta de pessoas capacitadas para atender a demanda de empregos abertos na cidade. De acordo com o presidente da Acij, Marco Antonio Corsini, empresas de recursos humanos projetam que, em 2021, 15 mil oportunidades não foram preenchidas pela falta de especialização.
Outro fator que motivou a criação do programa é o número de empregos informais em Joinville. Em março de 2022, de acordo com pesquisa realizada pela Acij, a cidade tinha 9.800 pessoas desempregadas, 14 mil desalentados e 69 mil trabalhando na informalidade. “É um trabalho árduo para mudar o cenário e trazer dignidade e direitos aos trabalhadores”, fala Corsini.
Ana Paula, de 34 anos, aluna do programa, destaca que está achando importante para a vida profissional. “Estamos tendo novas oportunidades de aprendizado para o mercado de trabalho. E o mais importante, quem está desempregado, pode sair do curso empregado”, pontua.
Maria Lima, de 44 anos, está desempregada. Para ela, o curso também está sendo positivo. “Oportunidade de me aperfeiçoar profissionalmente. Convívio com os colegas também está me ajudando sobre como me desenvolver no trabalho diário”, complementa.
Com qualificação mínima de 40 horas, a ideia dos organizadores é que os participantes sejam empregados logo após o fim do curso. As aulas do programa são realizadas no horário noturno e em escolas municipais. “É nos bairros em que as pessoas moram, se evita dificuldades com transporte e custo. Além do lado econômico, tem um viés comunitário e social: dar dignidade e direitos trabalhistas”, ressalta Corsini.
Quatro ondas do programa
Conforme o coordenador do projeto, Emerson Zappone, o programa Joinville Emprega + deve ter quatro ondas, com turmas de 20 a 25 estudantes, atingindo o objetivo de formar 1,4 mil pessoas. Atualmente, quatro bairros de Joinville têm aulas, totalizando 380 alunos.
Ele explica que os participantes se encontravam em zonas de dificuldades, com falta de esperança de encontrar um emprego ou que migravam para a informalidade. “É um tipo de público que está marginal ao sistema”, aponta. Com os cursos de capacitação, entretanto, Emerson destaca uma nova perspectiva. “Conseguir um emprego, que já deveria ser a regra, mas também que seja digno e com direitos garantidos”, afirma.
Além dos conteúdos em sala de aula, os participantes interagem com as empresas que patrocinam o programa, assistem palestras, realizam testes e outras atividades. “O resultado, até agora, tem se mostrado promissor. Os estudantes mostram um nível alto de interesse e dedicação”, cita.
Investimento e apoio de empresas
Com centenas de pessoas já prestes a concluir o primeiro ciclo da capacitação profissional, Emerson ressalta a necessidade do programa ser consolidado na cidade. “Temos uma demanda social e um trabalho grande a ser feito. Pode se transformar num sistema contínuo de oportunidade para quem está fora do mercado de trabalho”, avalia.
Atualmente, o programa tem investimento da Prefeitura de Joinville, que financia 60%, pelo Senai, com 20%; e pelas empresas e sindicatos que firmaram parceria com a iniciativa, que também oferecem um total de 20%.
Para mais informações sobre o programa, as empresas interessadas devem entrar em contato pelo e-mail marlete@acij.com.br.
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