Saiba quais são as principais ações de Diego Machado, presidente da Câmara de Joinville

"Fala, vereador!" recebe Diego Machado, que destaca os desafios da presidência da Câmara de Vereadores de Joinville e a atuação no Distrito de Pirabeiraba

Saiba quais são as principais ações de Diego Machado, presidente da Câmara de Joinville

"Fala, vereador!" recebe Diego Machado, que destaca os desafios da presidência da Câmara de Vereadores de Joinville e a atuação no Distrito de Pirabeiraba

Isabel Lima

Administrador de formação, o vereador Diego Machado (PSDB) foi o segundo mais votado na cidade na primeira eleição que concorreu, com 3.981 votos. Dois anos após assumir a cadeira de legislador, foi eleito para presidir a Câmara de Vereadores de Joinville.


Fala, vereador!” é uma série de reportagens de O Município Joinville com os atuais vereadores da Câmara. As matérias serão publicadas às segundas e quintas-feiras em omunicipiojoinville.com. A ordem de veiculação é aleatória, com base na agenda de entrevistas montada pelo setor de Comunicação da Câmara.

No início deste ano, Diego foi convidado formalmente a se juntar ao PSD, mesmo partido dos vereadores Pastor Ascendino e Kiko do Restaurante. A decisão só poderá ser tomada em 2024, no período em que os candidatos a eleição podem fazer trocas de partido sem perder o atual mandato. Ele garante que vai concorrer a reeleição.

Trajetória

Antes de encarar a vida política, Diego Machado já conduzia um programa na rádio comunitária Pirabeiraba. Com uma voz conhecida pela população da região, Diego decidiu sair de trás do microfone e buscar a cadeira no legislativo.

Arquivo pessoal

O administrador teve contato com a política antes de ser eleito. Foi chefe de gabinete de Odir Nunes na Câmara, onde aprendeu os ofícios e a realidade do legislativo. Embora seja natural do Paraná, Diego mora em Joinville há mais de 30 anos, na região do Canela, no bairro Rio Bonito.

No período da campanha, Diego defendeu a renovação política e afirmou trabalhar pela regularização fundiária. Após dois anos e meio de mandato e seis meses como presidente, Diego faz uma análise positiva da trajetória. “Estou muito feliz”, afirma.

De vereador a presidente

CVJ/Divulgação

A escalada da notoriedade política de Diego pode ser percebida pelo processo que passou em 2022, quando disputou a cadeira de presidente da Câmara de Vereadores de Joinville. De forma unânime, ele foi eleito para ocupar a principal cadeira da Mesa Diretora.

Sobre essa mudança, Diego confessa que é cansativa. Além das funções de legislador, o vereador acumula novas obrigações e compromissos. “Minha rotina ficou muito pesada no sentido de administrar o tempo”, confessa.

Atualmente, a Câmara de Vereadores de Joinville tem mais de 200 servidores, oito diretorias e toda uma infraestrutura a ser gerida. “Isso daqui é um turbilhão todos os dias, tu vai administrando conforme os problemas vão aparecendo”, explica.

Entretanto, Diego reforça que o quadro técnico dos servidores é altamente qualificado, fazendo cada setor girar sozinho. A maioria desses servidores tem mais de dez anos de casa e cada etapa do trabalho está definida em legislação. “Casa presidente que assume não vai inventar a roda, mas pode trazer novidades para o trabalho legislativo”, diz Diego.

Entre as prioridades deste trabalho administrativo, o presidente destaca a busca pela legalização do prédio da Câmara. Desde que foi construído, o espaço não tem Habite-se, o documento que comprova que o prédio pode ser utilizado.

Conforme Diego, foi feito um investimento de mais de R$ 800 mil para fazer as reformas necessárias. Ele prevê que até o fim do mandato, a situação da sede do poder legislativo de Joinville estará legalizada.

Outro trabalho importante para o vereador é a implantação da rádio em frequência FM. “Queremos transmitir todas as comissões e sessões ao vivo”, conta ele. Para Diego, a rádio permitirá maior transparência, acessibilidade e oportunidades para a população participar das discussões da Câmara.

Distrito de Pirabeiraba

Arquivo pessoal

Dos quase quatro mil votos que Diego recebeu, cerca de 3,5 mil foram no Distrito de Pirabeiraba. Morador do Rio Bonito, Diego é conhecido no bairro pelo programa que tem na rádio comunitária diariamente.

“A rádio sempre foi um pilar, eu gosto de paixão. Faço meu programa de utilidade pública, de entrevistas, e depois corro para casa, troco de roupa, almoço rapidinho e segue agenda”, explica.

Dentre os trabalhos de destaque na região Norte, Diego pontua as duas praças viabilizadas graças ao intermédio do seu mandato. Ambas com emendas parlamentares, ele espera que sejam construídas até ano que vem. Uma delas no loteamento Samambaia e outra no Rio Bonito.

Diego também reforça o trabalho em relação à infraestrutura da região. Segundo ele, o investimento viabilizado para a região é histórico. “A gente tem uma previsão de investimento de R$ 30 milhões, é um recorde do Distrito de Pirabeiraba, são pontes, ruas pavimentadas, CEI, serão 20 ruas pavimentadas até o ano que vem, 14 já saíram”, ressalta.

Vereador executivo

Diego acredita que uma das características marcantes do seu mandato é a intermediação de solicitação de infraestrutura entre a população e o Executivo. Fora do reduto eleitoral da Zona Norte, Diego pontua a atuação na Zona Leste, com uma obra de mais de R$ 10 milhões para pavimentação e implantação de um parque linear.

Já na zona Sul, Diego diz que viabilizou, junto ao Executivo, obras de contenção de enchentes e trabalho de drenagem de rios.

Energia elétrica

A questão da energia elétrica é uma das principais pautas do mandato de Diego Machado. Assim que assumiu a cadeira no legislativo, Diego protocolou um projeto para permitir a instalação de acessos à energia em regiões irregulares, como a localidade do Canela.

Segundo o vereador, o local passou por um parcelamento irregular de solo há décadas e o processo de regularização continua em andamento. Para Diego, aquela população que comprou um terreno e não sabia da irregularidade não pode ser prejudicada desta forma.

A proposta visava permitir as ligações de energia naqueles terrenos onde o proprietário está buscando a regularização. “Para não precisar esperar 3 a 5 anos para ter energia, a gente queria antecipar esse beneficio para as pessoas que estavam buscando essa regularização”, explica o vereador.

Entretanto, o projeto foi vetado por vício de origem, neste caso, ele não poderia ser proposto por um legislador. Embora não tenha ido para frente, o vereador explica que a situação foi parcialmente solucionada de outras formas.

No caso da região de Canelas, outro projeto de lei, que retirava o local de uma APA, resolveu a situação. Como a área foi reconhecida como uma região urbana consolidada adensada, a lei foi sancionada e a população pode instalar ligações de energia elétrica.

“Quando a área é urbana consolidada e ela não está sob uma legislação e APP ou de APA, o proprietário pode conseguir a ligação e energia com contrato de compra e venda”, explica o vereador.

Entretanto, há outras regiões que sofrem o mesmo, mas as características geográficas são muito diferentes do Canelas, como áreas rurais. “Cada cado é um caso, no do Canelas, tudo conspirou para dar certo”, analisa.

Diagnóstico permanente do autismo

Outro destaque do mandato é a lei que determina o diagnóstico do autismo como permanente na cidade. Desta forma, no que diz respeitos a serviços municipais, a população com laudo não precisa atualizar esse documento anualmente.

Para o vereador, que tem um irmão com autismo severo, a lei beneficia princialmente crianças. “Se é algo que tem tratamento, você vai monitorando e controlando, porque que o laudo tem que ter validade?”, questiona o vereador.

Ele pontua que um laudo de autismo precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar, que custa centenas de reais. No caso de uma criança que precisa de um professor auxiliar, por exemplo, ele entende que não faz sentido que todos os anos a família precise apresentar uma comprovação. “Se a pessoa tem autismo esse ano, não vai mudar para ano que vem”, conclui. O fim da validade do laudo do autismo já entrou em vigor e vale para pessoas de todas as faixas etárias.

Outros projetos do mandato

O uso de banheiros coletivos unissex foi proibido em Joinville a partir de um projeto protocolado pelo vereador Diego Machado. Segundo o vereador, a questão veio de discussões que ocorriam na cidade de São Paulo e ele quis cortar o “mal pela raiz”.

Entretanto, Diego explica que a questão gerou confusão na população, princialmente pequenos comerciantes. “Tem aqueles comércios de bairro quem tem um banheiro, um banheiro individual, tem que entrar uma pessoa por vez, a lei não trata de banheiros com essa característica”, explica.

Além desse, o vereador tem cinco projetos de lei complementar, como a alteração do Código Tributário de Joinville e a autorização de propagandas em fachadas de prédios sem autorização prévia.

Diego também é autor de dois decretos legislativos e 62 projetos de lei ordinária. São eles: 44 projetos de nomeação de ruas e outros espaços públicos, um título de empresa amiga e quatro reconhecimentos e utilidade pública.

Dos projetos aprovados, o vereador tem sobre adoção de paradas de ônibus, correção da extensão da Estrada Werner e a instituição da atividade de Turismo Rural na Agricultura Familiar (TRAF).


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