Saiba quais são as principais ações de Wilian Tonezi na Câmara de Joinville
"Fala, vereador!" recebe Wilian Tonezi, que destaca a defesa dos valores conservadores de direita
"Fala, vereador!" recebe Wilian Tonezi, que destaca a defesa dos valores conservadores de direita
Vereador de primeira viagem, Wilian Tonezi (Patriota) se identifica como o defensor dos ideais conversadores de direita em Joinville. Eleito com votos por toda cidade, ele chama atenção pela postura na tribuna da Câmara de Vereadores de Joinville. Tonezi é morador do bairro Costa e Silva, mas afirma também ter forte atuação em outros bairros da região.
“Fala, vereador!” é uma série de reportagens de O Município Joinville com os atuais vereadores da Câmara. As matérias serão publicadas às segundas e quintas-feiras em omunicipiojoinville.com. A ordem de veiculação é aleatória, com base na agenda de entrevistas montada pelo setor de Comunicação da Câmara.
Tonezi pretende se candidatar a reeleição em 2024. Entretanto, ainda não sabe por qual partido. Ele adiantou apenas que foi convidado pelo deputado Sargento Lima e governador Jorginho Mello para se juntar ao PL.
Engenheiro civil de formação, Tonezi confessa que jamais esperou entrar para a política. Os primeiros contatos aconteceram nas manifestações de rua pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff em 2015. Segundo o vereador, ele passou a estudar o funcionamento da política e iniciou na militância.
Ainda em 2014, Tonezi conta que conheceu o ex-presidente Jair Bolsonaro, virou aluno de Olavo de Carvalho e passou a interagir com outras figuras da direita conservadora. A atuação intensa nas redes sociais permitiu que Tonezi ganhasse notoriedade e chegou a ser convidado a concorrer eleições como vereador e deputado estadual.
“Eu nunca me senti preparado para encampar uma campanha”, conta o vereador. Na percepção dele, não bastava ser conhecido na internet e em manifestações para garantir uma eleição. Mas em 2020, foi convidado pelo deputado estadual Sargento Lima a ser o candidato dele em Joinville e decidiu aceitar.
“Com o apoio de peso para minha eleição, eu com certeza vou conseguir ter um exito”, pensou na época. Mesmo confiante, Tonezi assume que ficou bastante surpreso quando foi eleito. “Eu achava que quando eu fosse ocupar a Câmara de Vereadores, eu não fosse conseguir bons espaços, porque na política é tudo uma construção”, explica.
“Eu acreditava a que as pessoas iam me ver como um cara muito radical, e não iam querer dar espaço para mim”, confessa o vereador. Entretanto, logo de primeira ocupou o cargo de presidente da Comissão de Finanças, depois ocupou a chefia da Comissão de Saúde e atualmente presidente a Comissão de Urbanismo.
Crítico ferrenho do atual prefeito Adriano Silva (Novo), Tonezi explica que apenas cumpre o papel de fiscalizador. Para ele é óbvio que o prefeito o trate como oposição.
“Mas eu não estou nem aí para isso. O que importa para mim é a confiança que o eleitor tem em mim”, afirma. De acordo com o vereador, ele “bota a boca no trambone” quando é ignorado pelo Executivo. E afirma que, ao identificar uma situação irregular, faz o contato direito com o órgão responsável, mas nem sempre é respondido.
Quando isso ocorre, ele manifesta uma denúncia na tribuna da Câmara de Vereadores de Joinville e nas redes sociais. Conforme o vereador, o principal problema é a falta de resposta dos pedidos de informação que protocola.
Por ser vereador, ele pode pedir informações diretamente a prefeitura, que tem a obrigação de retornar em até 30 dias. “A prefeitura tem infelizmente ocultado informações para os vereadores, a gente já tem pensado nas medidas legais que vamos tomar contra a prefeitura. Se for o caso, vamos acusar de crime de responsabilidade por não responder os pedidos de informação”, denuncia.
Embora alega ter problemas com as respostas oferecidas, ele considera que um dos trabalhos mais importantes até o momento foi possibilitado pelo mecanismo.
O descontentamento com decisões da Prefeitura de Joinville vem desde o primeiro ano de mandato, quando o prefeito vetou o fim da obrigatoriedade do passaporte vacinal na cidade. Para ele, as pessoas devem poder escolher se vacinar ou não, sem prejuízos no cotidiano.
O vereador defende a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a Companhia Águas de Joinville. “Esses pedidos de informação foram o que utilizei para embasar o pedido da CPI da Águas de Joinville. Para mim aquilo ali deu materialidade suficiente para pedir a CPI, infelizmente precisamos de um terço dos vereadores”, explica.
Para Tonezi, uma investigação minuciosa sobre a atuação da companhia é essencial. “Fui o presidente da CPI do Rio Mathias, e eu vi como que funciona esse instrumento de política, quando você têm o poder de CPI, para fazer uma investigação. Você consegue acessar documentos e depoimentos que o pedido de informação não te dá”, diz o vereador.
Segundo o vereador, essa CPI é a maior bandeira do seu mandato e ele pretende lutar até o fim para instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito.
O vereador sente que não tem reconhecimento por parte da população sobre o trabalho que realiza na Câmara. Segundo ele, isso não i impede de trabalhar, mas causa uma certa frustração. Um exemplo citado por Tonezi é a relatoria do Plano Diretor do Município Joinville.
Após um ano de trabalho e mais de 130 emendas sugeridas, Tonezi entregou o relatório do plano. “90 % das emendas fui eu quem trabalhei, alguns vereadores contribuíram com algumas cosias pontuais, algumas delas tiveram algum erro, sendo rejeitadas. Mas o projeto sequer foi questionado na Justiça. Isso mostra competência que a gente trabalhou”, explica.
Para ele, trabalhos desse tipo, que impactam uma legislação que dura uma década, não é reconhecido. “As pessoas não têm a percepção de quanto trabalho isso dá. É só quem está no meio que sabe como que isso funciona, mas isso não é desculpa, temos que trabalhar do mesmo jeito”, conclui.
Tonezi também destaca o trabalho que fez criando a Comissão Especial de Segurança nas Escolas, provocada pelo massacre que matou quatro crianças em um CEI de Blumenau. “Eu percebi que o Executivo não estava aberto a receber ideias dos vereadores, eles queriam que a gente ficasse mandando memorandozinho”, conta.
Com o apoio da maioria dos vereadores, a comissão foi criada e as 164 unidades escolares municipais de Joinville foram vistoriadas. Conforme o vereador, um relatório foi elaborado a partir das visitas e será apresentado na Câmara dos Deputados em Brasília.
Outra frente que Tonezi considera primordial no mandato dele é o projeto para vedar a agenda 2030 da ONU em Joinville. Segundo o vereador, é muito claro que a agenda é progressista.
Entretanto, o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça deu um parecer contrário. “Já conversei com outros vereadores que apoiam o projeto, mas não sei dizer se ele teria voto suficiente para ser aprovado ou não”, explica.
Para ele, o projeto não deve ir para frente por pressão do Executivo. “A prefeitura às vezes manda o vereador votar em projeto mesmo que ele não concorde”, alega.
Dentre os projetos em andamento, Tonezi pontua o plano de fiscalização de compras de terrenos por parte da prefeitura. Ele planeja apresentar o plano na primeira semana de outubro. Se aprovado, o vereador espera fiscalizar as aquisições que ele considera suspeitas.
Outro trabalho em andamento é o Plano Viário do Município Joinville. Tonezi é relator do plano e trabalha em um relatório no momento. Além desse, o vereador tem um projeto de lei sobre educação sexual de crianças em Joinville.
O projeto foi rejeitado plea comissão de políticas públicas e teve parecer contrário pelo Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, mas foi aprovado na Comissão de Legislação.
Segundo o vereador, ele aguarda a passagem do texto pela Comissão de Educação para ir a plenário e ser votado. “Vejo que existem grupos de pessoas que às vezes abusam da faixa etária para fazer uma educação para criança. O projeto visa equalizar essa situação, para todo mundo ser um padrão só”, explica.
Tonezi também tem diversos projetos de lei completar que tratam do ordenamento territorial de Joinville. Segundo ele, muitos dos textos partem de solicitações da população. Um projeto que o vereador tem muito orgulho institui o setor náutico de Joinville. Conforme Tonezi, Joinville nunca olhou para a Baía da Babitonga e agora passa a ter uma política que incentiva o esporte e turismo virado para o mar.
Wilian Tonezi não elaborou decretos legislativo ou projetos de lei orgânica, mas é autor em 15 projetos de lei complementar, sendo oito de autoria própria. Dois deles foram aprovados e tem relação ao setor náutico de Joinville.
Os outros seis continuam em andamento e tratam do estatuto dos servidores públicos municipais, atualização do zoneamento urbano do Aventureiro, instituição de Instrumentos de Controle Urbanístico, criação de créditos de compensação financeira para interessados em custear diagnósticos socioambientais das microbacias hidrográficas, o parcelamento do ITBI e dois referentes aos instrumentos de indução ao desenvolvimento sustentável.
Tonezi também protocolou 21 projetos de lei ordinária, sendo 13 de autoria própria. Um deles institui uma semana municipal, dois de utilidade pública, duas nomeações, sendo que uma foi arquivada. Oito deles tem propostas para a cidade, o que proíbe o fechamento de igrejas e templos em situações de calamidade foi aprovado e sancionado. Outro foi declarado inconstitucional pelo TJ-SC após sanção, já que o vereador queria proibir o uso da linguagem neutra.
O Programa Municipal de Promoção à Saúde Mental na Escola e Prevenção ao Suicídio está em andamento, assim como o que veda a agenda 2030 da ONU. O Programa Municipal e Vigilância e Monitoramento da Rede Municipal de Ensino está em andamento, assim como o que institui o Diário Oficial Eletrônico como o veículo oficial de publicação de Joinville.
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