“Saio um treinador melhor do que quando cheguei”, diz Leandro Zago após deixar o JEC
Em 21 partidas disputadas, técnico perdeu apenas duas
Em 21 partidas disputadas, técnico perdeu apenas duas
Após ter a saída do Joinville anunciada nesta segunda-feira, 25, o técnico Leandro Zago, de 39 anos, avalia que sua passagem pelo clube como positiva. Para ele, é necessário destacar o aproveitamento de pontos conquistados, com duas derrotas em 21 partidas disputadas sob seu comando.
Com experiências nas categorias de base de times como Guarani, Ponte Preta e Atlético-MG, foi no tricolor o seu primeiro trabalho contínuo em um elenco profissional. “Eu busco crescer sempre. Com esses jogos que fiz pelo Joinville, saio um treinador melhor do que quando cheguei”, destaca.
Os resultados negativos, porém, pesaram no seu trabalho e na temporada do JEC. “Disputamos mata-mata e, muitas vezes, uma derrota muda os rumos da competição”, avalia.
Zago pensa que faltou mais poder de decisão para o time nos jogos contra o Uberlândia-MG, que causaram a eliminação do Joinville na Série D. “No jogo da volta, poderíamos ter feito o terceiro gol, mas sofremos um e isso mexeu com o ambiente”, diz.
Já na Copa Santa Catarina, na qual o Coelho foi eliminado na primeira fase e ocupa a lanterna da competição, o técnico a classifica como “situação de risco”, pois não era possível disputar a competição com o mesmo elenco do Campeonato Brasileiro. “Tivemos que abrir mão de três rodadas em uma competição de seis jogos”, lamenta.
Leandro Zago chegou no Joinville em abril deste ano e deixa o clube com 58,73% de aproveitamento. Foram 21 jogos, com nove vitórias, dez empates e duas derrotas. o JEC ainda não anunciou o novo comandante da equipe.
Com duas eliminações seguidas, Zago passou a ser criticado por parte da torcida tricolor. Entre as queixas, estão desde escolhas de jogadores a formas de jogar, que, para parte dos fãs, mudou no decorrer do trabalho. O técnico, porém, discorda. “A gente teve uma evolução e nos tornamos uma equipe mais agressiva, que buscava o gol com ações mais verticais e agudas”, expõe.
Ele conta que precisou tomar decisões para potencializar o ataque, para ter a mesma efetividade do sistema defensivo. “Falo em atacar e defender com 11 atletas. Precisamos mexer em algumas características. Colocar jogadores que pudessem nos aproximar dos gols”, salienta.
Apesar de dizer que sempre buscou fazer o melhor, o treinador cita barreiras que atrapalharam o que foi planejado. “Depende da efetividade da equipe que está do outro lado. Existe mérito do adversário”, expressa.
Vivendo os últimos dias em Joinville, Leandro Zago ainda precisa resolver detalhes finais da saída do JEC. Em seguida, ele afirma que irá para sua cidade natal e reencontrar a família, em Campinas (SP).
Apesar de receber algumas ligações e sondagens de clubes, o técnico ressalta que ainda não assinou contrato com nenhuma equipe.
Além disso, ele cita que os novos rumos deverão ser tomados com planejamento. “Sou jovem, não fui atleta profissional, não tenho direito de errar. Preciso ser assertivo nas minhas escolhas”, finaliza.
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