Santa Catarina teve em 2021 menor índice de crimes violentos em 14 anos; confira dados
Números de latrocínios, homicídios, roubos e furtos de veículos caíram
Números de latrocínios, homicídios, roubos e furtos de veículos caíram
No ano de 2021, os números roubos, mortes violentas e roubos e furtos de veículos em Santa Catarina foram os menores índices da série histórica, iniciada em 2008 no estado. Os dados foram apresentados pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial durante uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 17, em Florianópolis.
O governador Carlos Moisés, que não pôde comparecer à coletiva por estar em isolamento devido à Covid-19, destaca que o investimento e a atuação das forças de segurança foram o principal fator para a queda dos índices. No caso das mortes violentas – que levam em consideração homicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e confrontos com a polícia -, a diminuição foi de quase 10%, o que significou 72 mortes a menos.
“Estamos realizando o maior investimento da história da segurança pública de Santa Catarina. Quando provemos os agentes com a estrutura necessária, o resultado é esse. Temos queda nos principais índices de criminalidade. As nossas forças de segurança são um exemplo para o Brasil e seguiremos nessa toada em 2022”, destaca o governador.
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Em relação aos homicídios, a queda foi de 8,6% no índice proporcional. Os roubos caíram 2,7, enquanto os roubos e furtos a veículos diminuíram 2,2%.
Para o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Eduardo Adriano, o trabalho agora está focado na manutenção dos índices em queda ao longo de 2022. Segundo ele, a tendência é de um retorno à normalidade, com a diminuição dos efeitos da pandemia. Isso exigirá um esforço extra das forças de segurança.
“Temos um compromisso com a sociedade catarinense e estamos focados em prestar o melhor serviço na área da segurança pública. Trabalhamos de forma colegiada e fazemos reuniões semanais com todas as instituições. O ano de 2022 será cheio de desafios, pois teremos um aumento da circulação de pessoas, o que consequentemente pode levar a mais crimes. Porém, o nosso Colegiado segue com o propósito de reduzir todos os índices possíveis. Também estamos focando muito no combate aos crimes virtuais, que vêm crescendo nos últimos anos”, diz Giovani.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Pontes, ressalta que Santa Catarina vem registrando sucessivas quedas nos principais índices de criminalidade desde o ano de 2018. Segundo ele, os resultados mostrados nesta segunda-feira demonstram que a continuidade do trabalho e a criação do Colegiado Superior foram indispensáveis, pois acarretaram numa maior integração entre as instituições.
“Temos focado muito na inteligência policial. Ela nos ajuda a prevenir os crimes. Isso resulta em uma maior eficiência na resposta e na redução dos crimes. O investimento do governo do estado nas forças policiais também potencializou os nossos resultados. Tivemos melhorias na comunicação, nos equipamentos e na preparação da tropa”, opina Pontes.
Do ponto de vista da Polícia Civil, o delegado-geral Marcos Ghizoni Júnior garante que o maior índice de resolutividade gera uma sensação de punibilidade nos criminosos. Com isso, eles se sentem desmotivados a cometer as infrações. “Temos um índice de resolução dos crimes que é fora da curva no Brasil, o que desestimula a ação dos bandidos. Também é necessário destacar o exemplo da integração. Em Santa Catarina, temos uma segurança pública que se rege sozinha. A autogestão é uma realidade”, afirma Ghizoni.
Ao longo de 2021, coube ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina presidir o Colegiado Superior. Segundo o coronel Marcos Barcelos, comandante-geral da corporação, houve um intenso trabalho de conciliação e coesão das agências. “Também trabalhamos intensamente junto ao governo do estado para obter uma maior valorização profissional. Isso permite um estímulo para que as nossas forças sigam prestando um serviço de excelência”, conclui.
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