Secretaria de Estado da Saúde esclarece suspensão de envio de insulina a Joinville
Nem todos os tipos de insulina utilizados por pacientes com diabetes estão sendo entregues
Nem todos os tipos de insulina utilizados por pacientes com diabetes estão sendo entregues
Pacientes diagnosticados com diabetes em Joinville não estão conseguindo receber a insulina para o tratamento devido a atrasos na entrega pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com diferentes tipos de insulina disponíveis, o estado entrega uma opção, sendo que nos demais casos, outros tipos da medicação são conseguidos via processo judicial.
Joinville, por exemplo, não recebe novas remessas de medicamento desde março. Segundo a pasta, uma nova entrega deve ser realizada nesta terça-feira, 13. Porém, os demais municípios da cidade também sofrem com o desabastecimento desde o mês de junho.
A secretaria explica que os atrasos ocorrem por falta de envio do Ministério da Saúde (MS). A insulina asparte foi enviada ao estado pela última vez em fevereiro. Uma nova remessa deveria ter chego em maio, o que não ocorreu.
Recentemente, o ministério realizou a troca da insulina asparte por glulisina. A nova medicação chegou em Santa Catarina no dia 6 de julho e já está sendo distribuída a todos os municípios.
Segundo o MS, o quantitativo entregue é referente a programação e complementação do 2° trimestre, um quantitativo emergencial a fim de diminuir o desabastecimento da rede.
Cada paciente e tratamento para a diabetes demanda um tipo diferente de insulina. Em Joinville, por exemplo, são distribuídos 16 tipos. Apenas um deles é padronizado pelo SUS, entregue pelo Ministério da Saúde. O restante é disponibilizado por meio de ação judicial, mas, no momento, também tiveram a entrega interrompida.
Com a falta de entrega das insulinas, há cinco medicações diferentes em falta em Joinville, o que tem prejudicado o tratamento dos pacientes.
Segundo a SES, a orientação dada pelo Ministério da Saúde é de que os demais pacientes diabéticos, portadores de DM1, que necessitam de insulinas análogas de ação rápida fornecidas pelo SUS, busquem auxílio médico para que seja feita a substituição pela glulisina.
Saiba mais: Sem envio de insulina pelo estado, pacientes de Joinville relatam dificuldades em conseguir medicamento
Como a insulina análoga glulisina é contraindicada para gestantes e pacientes menores de quatro anos, a Secretaria de Estado da Saúde elaborou um Protocolo Estadual de Diabete Melito tipo 1 (DM1) para atendimento destes pacientes.
Visto que a insulina análoga asparte é contraindicada para menores de dois anos, ela será fornecida às gestantes durante todo o período da gestação acrescidos de três meses após a interrupção gestacional (parto ou perda gestacional) e aos pacientes com idade superior a dois anos e inferior a quatro anos. Após este período, ambos os casos deverão migrar para a insulina análoga glulisina.
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