Sem envio de insulina pelo estado, pacientes de Joinville relatam dificuldades em conseguir medicamento

Um paciente está desde março sem receber o medicamento indicado pelo médico gratuitamente

Sem envio de insulina pelo estado, pacientes de Joinville relatam dificuldades em conseguir medicamento

Um paciente está desde março sem receber o medicamento indicado pelo médico gratuitamente

Fernanda Silva

Sem o envio de alguns tipos de insulina pelo governo do estado desde março deste ano, pacientes de Joinville estão enfrentando dificuldades em conseguir o medicamento, seja gratuitamente ou pagando com recursos próprios.

Diabéticos podem utilizar diferentes tipos de insulina. A escolha é feita pelo médico, de acordo com o tratamento. Para atender todos os moradores da cidade, Joinville possui em sua rede 16 modelos diferentes do medicamento. Porém, com a suspensão do envio, Joinville tem conseguido distribuir 11 das 16 medicações.

A falta dos outros cinco tipos da medicação tem afetado a saúde dos pacientes, que deixaram de receber o remédio indicado ou precisaram mudar o tratamento. No caso de Ingrid Hess de Souza, 32 anos, nem todos os tipos da medicação têm o mesmo efeito. Desde maio ela não recebe mais a insulina indicada pelo médico.

“Está prejudicando a minha saúde oferecendo uma insulina de qualidade inferior ao que o médico me prescreve”, comenta. Agora, a paciente precisa pagar a insulina para garantir o tratamento adequado. “Ou pegamos as insulinas de qualidade inferior ou compramos”, diz Ingrid. O gasto médio com o remédio é de aproximadamente R$ 400.

De acordo com a prefeitura, por conta da falta de alguns tipos do medicamento, há casos em que o médico indica um substituto similar. Porém, o município destaca que a indicação para a mudança de medicamento é feita exclusivamente pelo médico que acompanha o paciente.

Assim como Ingrid, o administrador Nelson Klein Junior, de 38 anos, também viu sua saúde ser prejudicada pela falta de entrega do medicamento. Ele está desde março sem receber a insulina de forma gratuita e, para conseguir dar continuidade ao seu tratamento sem alterações, precisou custear a medicação que poderia receber de graça.

“É dever do estado fornecer o medicamento, insulina é vida. É a mesma coisa com uma pessoa com pressão alta. Caso não tomar, além de gerar um gasto maior para o município com uma internação, ainda pode levar a óbito”.

Entrega prevista

O governo do estado é responsável por conseguir a medicação e distribuir aos municípios, enquanto as prefeituras devem fazer a entrega direta aos pacientes. Porém, o envio das insulinas foi paralisado pelo estado.

Agora, após visita dos vereadores de Joinville a Florianópolis, a Secretaria de Saúde afirmou que fará uma nova entrega da medicação nesta terça-feira, 13. Porém, apenas um dos tipos que está em falta será entregue. Ou seja, nem todos os pacientes que aguardam medicação serão atendidos.

Recentemente, o Ministério da Saúde realizou a troca da insulina asparte por glulisina. A nova medicação chegou em Santa Catarina no dia 6 de julho e já está senda distribuído a todos os municípios. Segundo o MS, o quantitativo entregue é referente a programação e complementação do 2° trimestre, um quantitativo emergencial a fim de diminuir o desabastecimento da rede.

Ainda segundo a secretaria, será enviada uma pequena quantidade ao município, para um grupo específico de pacientes. A sugestão dos servidores é que representantes do município discutam com o governo estadual uma forma de cobrar que o Ministério da Saúde conclua as licitações de compra de insulina que estão em trâmite.

Saiba mais: Secretaria de Estado da Saúde esclarece suspensão de envio de insulina a Joinville

Atualizado às 17h15 de 13/06.


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