X
X

Buscar

Sem os prometidos repasses estaduais, presidente do Joinville Vôlei faz empréstimo para custear o time

Falta dos repasses foi tema de reunião na Alesc

Na tarde da última quarta-feira, 20, a Comissão de Esportes e Lazer da Assembleia Legislativa discutiu a situação das equipes de vôlei de Blumenau e Joinville que disputam a Superliga, divisão de elite do vôlei nacional. Os times aguardavam pelos repasses de recursos da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) prometidos no ano passado, mas que não se concretizaram.


Com a falta dos recursos, o presidente do Joinville Vôlei, Giovane Gávio, precisou fazer um empréstimo e usar recursos próprios para custear o time.

Conforme os deputados Fernando Krelling (MDB), presidente da comissão, e Napoleão Bernardes (PSD), membro do colegiado, a fundação havia se comprometido a repassar R$ 1,5 milhão para os dois times de Blumenau e para a equipe de Joinville, por meio de um edital.

Entretanto, o processo foi paralisado por problemas apontados pela ouvidoria da Fesporte e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Os times não procuraram o governo para pedir dinheiro. Eles foram chamados pela Fesporte e lhes foi prometido o recurso”, comentou Napoleão Bernardes.

Dirigentes das equipes participaram da reunião e relataram dificuldades com a falta do repasse. “Estamos em déficit, mas com salários em dia, graças aos esforços de todos os participantes do voleibol de Blumenau”, afirmou Paulo Henrique Crozeta, diretor da Apan-Blumenau.

Ruy Dornelles, do Bluvôlei, relatou que as atletas estão com três meses de salários atrasados e que precisou fazer empréstimos em seu nome para honrar compromissos. Já Giovane Gávio fez um empréstimo de R$ 600 mil, além de aportar R$ 400 mil em recursos próprios. “Esse repasse ia nos proporcionar uma qualidade no time muito importante”, comentou o diretor do Joinville Vôlei.

Impasse Fesporte

Rodolfo Espínola/Agência AL

A Fesporte foi representada na reunião por dois diretores, Fernando Hackradt e Jorge Davi da Silva. Hackradt afirmou que a fundação vai estudar se há como elaborar um novo edital que viabilize o repasse para as equipes. “Houve boa vontade [em fazer o edital]. Talvez o instrumento utilizado não tenha sido o mais adequado para aquele momento”, reconheceu Hackradt.

Já Silva defendeu que a melhor saída para resolver o problema é a regulamentação da lei estadual de incentivo ao esporte, aprovada pela Assembleia em 2021. “Temos que trabalhar em cima da regulamentação dessa lei, que é algo que vai ficar para sempre”, disse.

O deputado Fernando Krelling marcou uma nova reunião, para daqui a 15 dias, visando obter uma resposta da Fesporte. O parlamentar destacou a necessidade da regulamentação de lei de incentivo, no entanto, afirmou que ela, no momento, não atende às necessidades das equipes.

“O melhor caminho ainda é o edital, precisamos achar uma saída jurídica para isso”, afirmou. “A lei de incentivo ainda vai demorar.”

O líder do Governo na Alesc, deputado Carlos Humberto (PL), participou da reunião. Para ele, não faltou esforço do Executivo para liberar os recursos e destacou as questões burocráticas que muitas vezes impedem o repasse.

Informações da Agência AL.

Leia os destaques da semana:
1. Prédios com 29 e 30 andares vão render R$ 6 milhões para Joinville
2. “Sensação de liberdade”: conheça piloto de parapente de Joinville que acumula mais de 1,5 mil voos
3. Joinville terá novo conjunto habitacional com mais de 150 residências; saiba onde e detalhes da obra
4. Binário da Procópio Gomes: saiba as mudanças no trânsito e quando será implementado em Joinville
5. Navio recebe primeira transferência de gás natural em terminal na Baía da Babitonga, em São Francisco do Sul


Assista agora mesmo!

Família síria foge de terremoto na Turquia e encontra lar em Joinville: