Sem poder jogar na Arena, JEC calcula prejuízo em torno de R$ 80 mil

Até o dia 28, domingo, está em vigor um decreto municipal restritivo de combate ao coronavírus em Joinville. E exatamente neste dia está marcado o jogo entre JEC e Criciúma para a Arena. No entanto, a tendência é que a partida seja transferida para o estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul. O clube solicitou uma flexibilização para a prefeitura, endereçada ao prefeito Adriano Silva e ao secretário de Saúde Jean Rodrigues, porém ainda não teve uma sinalização positiva. A coluna ouviu as duas partes e traz o atual cenário.

Os gestores do clube entendem que o momento, é sim, de muita preocupação pelo avanço do número de infectados e internados pela Covid-19, e o próprio clube sofreu com inúmeros casos da doença recentemente. Um surto que atingiu mais de 30 profissionais. Dentro de campo o JEC viveu uma maratona de jogos fora de Joinville. Alguns deles foi devido aos adversários serem os mandantes e dois deles até o momento, em que JEC foi mandante e teve que jogar em outra cidade. Enfrentou Marcílio Dias e Concórdia em Brusque.

Essa situação causa desconforto dentro do clube, pois existem diversos fatores que são incoerentes na opinião dos gestores. A FCF não paralisou o campeonato e muitos times estão mandando jogos em seus respectivos estádios, tendo então o seu ambiente natural nos jogos como mandatário.

Pela tabela, das 11 rodadas da primeira fase do estadual o JEC possui cinco enfrentamentos agendados para a cidade de Joinville. Como duas já foram, como o empate contra o Marcílio e a vitória contra o Metropolitano, faltam apenas três, sendo a do Criciúma a terceira desta lista pela quinta rodada; o jogo contra a Chapecoense na oitava rodada e o Brusque na décima rodada, a penúltima da primeira fase.

Desta forma é bem claro ver a insatisfação do clube, pois quase metade de seus jogos como mandante foram realizados fora de Joinville e a tendência é ter mais. Isso é prejudicial, pois a força e o retrospecto recente dentro de campo na Arena é muito positivo para o JEC. Time não perde há muito tempo em seus domínios. Sem contar que o clube conhece o gramado, conhece as instalações, treina uma vez ou outra no espaço, enfim, é na sua casa e não precisa enfrentar viagens, hotéis e um gramado que pouco conhece e que não está acostumado a jogar.

No entanto, não é só isso que está preocupando a direção. O Joinville está com orçamento prejudicado com esses gastos adicionais, abaixo vou citar custos que o Joinville está tendo por estar mandando seus jogos em outra cidade. Transporte, que no caso é ônibus de viagem; alimentação, aluguel de ambulância da cidade, taxa de arbitragem e deslocamento, aluguel do local, que gira em torno de 5 mil reais, gandulas do local e tudo isso num valor bem superior do que os de Joinville. Isso acaba gerando um grande rombo financeiro. O clube afirmou que os custos chegam a R$ 20 mil por cada jogo fora de Joinville, quando o tricolor é mandante.

O que a secretária fala sobre a situação

Apuramos que existe a possibilidade de um novo decreto nos próximos dias e que nesse novo decreto as restrições sejam ampliadas e assim, provavelmente o futebol ainda será proibido de ser praticado na Arena Joinville. Questionado sobre essa situação específica do JEC e seus jogos na Arena, o gestor apenas afirmou que o decreto vai até domingo, não dando margem para qualquer mudança ou flexibilização com essa determinada situação e que devido ao número de leitos ocupados ter crescido na cidade, a tendência é sim de um decreto mais restritivo. No entanto, não tem prazo definido para a divulgação do novo texto.

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