Servidores de Joinville discutem volta às aulas, Ipreville e possível paralisação
Sindicato reclama falta de diálogo do município, assembleia acontece na próxima terça-feira
Em assembleia marcada para a próxima terça-feira, 8, o Sindicato dos Servidores Municipais de Joinville (Sinsej) planeja discutir a volta às aulas, o aumento da alíquota da Ipreville e a campanha salarial. A possibilidade de paralisação também está em pauta e será debatida entre os trabalhadores do município.
A assembleia do Sinsej está marcada para a terça-feira, 8, às 18h30. Por conta da pandemia, a reunião será realizada de forma virtual.
De acordo com a presidente do Sinsej, Jane Becker, o estado de greve deve ser uma opção caso o governo municipal não esteja aberto ao diálogo e a ouvir as reivindicações da categoria.
Algumas das pautas já foram discutidas anteriormente pelos servidores. A campanha salarial é planejada anualmente e a Ipreville já estava em debate desde o início do ano, quando se posicionaram contrários ao projeto. A novidade, agora, é a discussão em relação ao retorno da educação.
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Jane conta que essa será a primeira conversa oficial sobre a pauta, mas que, em contato com alguns professores, todos se mostraram receosos com a possibilidade de retorno. Eles acreditam que haverá um aumento no contágio da Covid-19.
“Ainda enfrentamos a pandemia. Nós temos uma cultura do carinho, do toque. É difícil manter as crianças em distanciamento social”, lembra Jane.
Na visão da presidente, caso haja um novo pico de contágio, o sistema público não conseguiria comportar a demanda. Ela recorda que Joinville já precisou transferir alguns pacientes internados para outra cidade anteriormente.
Para Jane, também não há segurança ou um projeto educacional que justifique o retorno das aulas, já que o ano letivo está quase no fim. “A educação infantil volta só em novembro. Qual é a aprendizagem e o intuito de retornar no final do ano?”, questiona.
Por isso, a diretoria do sindicato já decidiu que na assembleia se posicionarão contra a volta às aulas. Porém, a decisão final será decidida no encontro, onde também irão definir quais ações serão tomadas para pressionar o governo. E, se necessário, podem optar por paralisação ou greve.