Setembro Verde: Banco de Olhos de Joinville é referência em transplante de tecido ocular

Local faz, em média, quatro cirurgias por mês

Setembro Verde: Banco de Olhos de Joinville é referência em transplante de tecido ocular

Local faz, em média, quatro cirurgias por mês

Lucas Koehler

Prestes a completar 43 anos, o Banco de Olhos de Joinville, anexo no Hospital São José, é uma das referências em doações de tecidos para transplante de córneas.

Em média, com quatro cirurgias realizadas por mês, os serviços do local possibilitam que pacientes consigam recuperar a visão.

Larissa Alves, enfermeira do Banco de Olhos, destaca que o espaço possui um dos maiores programas do mundo nesta área, e valoriza o fato de estar dentro de um hospital público. “Aqui realizamos a captação, conservação, armazenamento e distribuição do tecido”, explica.

Com a principal faixa etária entre 40 e 50 anos, o transplante de córneas é o mais realizado, motivado por doenças como ceratocone, cicatrizes, perfurações ou úlceras.

Filas e desafios

Com 150 pessoas na fila por transplante de córneas em Joinville, este é um dos desafios do Banco de Olhos. Conseguir atender pacientes em maior velocidade.

A chamada é por ordem de inscrição e obedece critérios técnicos pré-estabelecidos por meio de dois pontos: urgência e geográficos. A lista é única e organizada por estado ou região.

Equipamentos do Banco de Olhos de Joinville | Foto: Divulgação

De acordo com Larissa, a pandemia da Covid-19 ampliou as dificuldades no local, além das desinformações de familiares sobre os desejos dos falecidos em doar os órgãos após a morte.

Para Sirlei Grawe, que também é enfermeira do Banco de Olhos de Joinville, é fundamental que, mesmo no momento difícil do luto, familiares pensem na doação de órgãos. “Ter força e pensar no próximo, permitir que seja doado para quem está na fila”, comenta.

Doação de órgãos

Em sete anos, Joinville somou 249 doações de órgãos, somadas as redes pública e privada de saúde da cidade. O ano com mais doadores foi o de 2016, com 45. Já o menor é 2015, com apenas 30. Em 2021, até o momento, o número é de 13 doados.

Neste período, o São José lidera entre os hospitais da cidade. Ao todo, 181 pacientes do local realizaram doações.

 

Já em tecidos oculares, também entre 2015 e 2021, foram realizadas 1.146 doações no município. O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) lidera o ranking, com 455 doadores. Em seguida, está o Hospital São José, com 343.

Sirlei destaca os sentimentos positivos que, com as doações, é possível melhorar a vida de pessoas. “A alegria de quem partiu vai para outro que está precisando e pode receber o órgão. E assim vai poder trabalhar, viver, ser feliz”, finaliza.


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