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Sinsej apura denúncia de que creche fecha janelas para evitar fiscalização; prefeitura nega

Recomendações contra o contágio da Covid-19 orientam que seja garantida a circulação de ar

O Sinsej – sindicato dos servidores de Joinville recebeu uma denúncia anônima de um servidor de que o Centro de Educação Infantil (CEI) Pedacinho do Céu, no Boa Vista, estaria sendo orientado a manter janelas e cortinas fechadas para evitar fiscalizações. Segundo o relato recebido pelo sindicato, a orientação informal teria vindo diretamente da Secretaria de Educação.

Em visita à unidade na manhã desta quinta-feira, 30, a diretoria do Sinsej encontrou as janelas da escola fechadas em salas que ficam de frente para o estacionamento. “Para os especialistas, uma das principais recomendações [contra a Covid-19] é justamente o contrário, manter os ambientes arejados”, alega o sindicato.

Além disso, durante a visita, o sindicato afirma que não pode a entrar nas salas de aulas e verificar se o distanciamento estava sendo praticado corretamente.

Lucas Borba/Sinsej

O que diz a prefeitura

Em resposta à denúncia, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Joinville afirmou que orienta a todas unidades de ensino que mantenham as janelas sempre abertas como uma das medidas de prevenção ao coronavírus.

Porém, em algumas unidades, como o CEI Pedacinho do Céu, as cortinas de algumas salas costumam ser fechadas nos horários de entrada e saída por serem próximas a estacionamentos ou áreas de circulação pública.

Isso porque, de acordo com a secretária, as crianças costumam ficar nas janelas nestes horários para acompanhar a saída dos pais das unidades, o que, em muitas ocasiões, gera comoção entre os alunos.

Portanto, os CEIs costumam fechar as janelas nestes períodos para evitar que as crianças, com idade entre meses e cinco anos, chorem ou fiquem agitados. Porém, a secretaria destaca que a orientação é que mantenha-se janelas abertas.

Sindicato orienta

O sindicato orienta que, caso não seja garantido o distanciamento entre alunos, professores e auxiliares de educador, os trabalhadores façam denúncias.

Em nota, o Sinsej também exige ambientes arejados, testagem em massa e distribuição de máscaras.

“É responsabilidade do governo municipal garantir as condições necessárias para que as crianças frequentem as aulas e os profissionais de educação trabalhem com segurança”, comenta.”


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