Sinte Joinville apoia decisão de paralisação das aulas presenciais
"Não estamos parando de trabalhar porque estamos propondo o trabalho remoto", defende coordenador regional
"Não estamos parando de trabalhar porque estamos propondo o trabalho remoto", defende coordenador regional
A regional de Joinville do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina (Sinte) é favorável a decisão da categoria de paralisar as aulas presenciais devido ao agravamento da pandemia de coronavírus. A greve foi aprovada nesta segunda-feira, 8, em assembleia estadual. A Secretaria de Estado da Educação considera o movimento ilegal.
O membro da direção regional Adriano Mesnerovicz, o Drico – candidato a prefeito de Joinville pelo PSTU no ano passado – afirma que foi um pavor para os professores as duas semanas de adaptação e que os profissionais não se sentem seguros. Ele acusa também o governo do estado de encobrir casos de Covid-19 nas escolas.
“Já tínhamos deliberado em assembleia regional que a situação é crítica. Não podemos ignorar a crise sanitária que estamos vivendo. É uma irresponsabilidade gigante continuar afirmando que há, nesse momento, condições que garantam a segurança dos trabalhadores. Não temos nem leito de UTI se ficarmos doentes”. A regional de Joinville é composta por oito e tem profissionais em 60 escolas.
Os profissionais de educação defendem uma organização série do enfrentamento da Covid e a manutenção das atividades remotas. Ainda, segundo Adriano, há cobrança pela promessa de disponibilização de pacotes de internet para alunos e professores.
“Não estamos parando de trabalhar porque estamos propondo o trabalho remoto”, defende. Drico alega que a paralisação das aulas presenciais diminuiria o fluxo de circulação de pessoas, especialmente nos ônibus. “Não há linhas suficientes, os ônibus estão lotados”, reclama.
Nesta terça-feira, 9 estão acontecendo as reuniões do comando de greve de forma virtual. A expectativa é que a paralisação comece já na quarta-feira, 10.
“Já perdi companheiros, já perdemos professores na nossa regional, perdemos no estado. Se eles não tomam a decisão correta, a gente vai ter que fazer isso através da nossa greve sanitária, que é uma greve pela vida”, finaliza o sindicalista.
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