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Sistema de busca ativa facilita adoção de crianças em Joinville; saiba como funciona

Método localiza famílias para crianças e adolescentes em condições de serem adotados

Um casal de Joinville, pais biológicos de uma menina de 11 anos, conseguiu completar a família ao adotar uma nova criança através do sistema Busca Ativa. Para chegar lá, o primeiro passo foi fazer o cadastro no sistema de adoção, com perfil bem amplo. “Queríamos uma menina, de dois a oito anos, mas com possibilidade de ampliar para idade maior, sem qualquer restrição de cor ou raça e até mesmo com alguma comorbidade de saúde”, relembra a mãe.

Uma vez aprovados no cadastro Cuida e SNA, o casal já estava apto a conhecer também as crianças e adolescentes inseridas no busca ativa, um sistema do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), cujo objetivo é identificar famílias para as crianças e adolescentes acolhidos que se encontram em condições de serem adotados, sem que tenham surgido interessados.

“Participamos de um grupo de apoio a adoção, no qual já tivemos várias informações sobre o assunto. Como o desejo não era por um bebê, consideramos o Busca Ativa uma viabilidade”, conta o pai. E essa opção mostrou-se efetiva e encurtou o caminho até a realização de um sonho que completou a família.

Atualmente, na comarca de Joinville, existem 453 casais habilitados a adotar e a Vara da Infância, por meio da equipe técnica do setor psicossocial, está em processo inicial de consulta por pretendentes para oito crianças aptas à adoção.

Porém, no busca ativa do estado, há 90 registros de crianças e adolescentes no aguardo por um lar. “No sistema estão inseridos aqueles que não foram encaminhados à adoção pela ausência de pessoas habilitadas na fila convencional no perfil da criança, que geralmente têm mais de 10 anos, e com demandas de saúde complexas e fazem parte de grupo de irmãos”, explica a assistente social forense Julia Cristina Vincenzi. No cadastro há informações sobre as crianças e adolescentes, inclusive fotos. Na necessidade de mais detalhes, a solicitação pode ser feita na própria plataforma do Busca Ativa.

O processo pelo Busca Ativa é muito rápido. No caso da família retratada acima, por exemplo, em menos de um mês após conhecer a filha virtualmente, os pais já tiveram o primeiro encontro. “Após iniciada a aproximação, esta perdura por aproximadamente um mês e, se positiva, é requerida a adoção. Primeiramente concede-se a guarda provisória e então inicia-se o período de convivência, com duração de até seis meses, quando emitimos um parecer sobre a viabilidade da efetivação da adoção”, relata a assistente social forense Mariane Sauer.

Passado todo o processo, a família hoje está satisfeita e realizada, com duas meninas, antigo sonho dos pais.

Adoção convencional

Na Comarca de Joinville, no processo convencional, o tempo para a inserção na fila de adoção é de aproximadamente seis meses e o tempo de espera por criança depende do perfil escolhido. Para crianças de até três anos, pode levar em média sete anos no aguardo.

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