Sociedades de tiro ao alvo esportivo podem virar patrimônio imaterial de Joinville
Consulta pública foi aberta para ouvir a comunidade
As Sociedades de Tiro ao Alvo Esportivo podem ser reconhecidas como Patrimônio Imaterial de Joinville. Uma consulta pública para ouvir a comunidade foi aberta pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).
A população pode opinar pelo formulário disponibilizado no site da prefeitura, encontrado por meio deste link. A consulta pública fica disponível para contribuições até esta sexta-feira, 25.
O formulário conta com cinco etapas, incluindo identificação da pessoa que está contribuindo com informações. Além de questionamentos sobre a prática e solicitação de envio de material como fotos, áudios e vídeos, sobre sociedades de tiro que o interessado possa ter e queira compartilhar.
Próximos passos
A consulta pública é um dos estágios do processo. O passo seguinte, após encerrar o prazo da consulta pública, será reunir e planilhar as informações. Todo o material é apresentado para a Comissão do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Natural (Comphaan), que delibera sobre o reconhecimento, ou não.
Em agosto deste ano a Sociedade Kênia Clube foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da cidade, na categoria Registro Lugar de Memória.
História do Tiro ao Alvo Esportivo
A prática do Tiro ao Alvo Esportivo é tradicional no Brasil e remete ao ano de 1810, quando foi fundada a Sociedade de Tiro no Rio de Janeiro, capital, pioneira do gênero no país.
Em Joinville, a história do Tiro ao Alvo Esportivo inicia em 1855, quatro anos após a Fundação da Colônia Dona Francisca, quando foi criada a primeira Sociedade de Tiro, com estatuto e registro.
A responsável pela Coordenação de Patrimônio Cultural da Secult, Valéria Konig Esteves, explica que além da prática esportiva, esses locais se transformaram em espaços para a manutenção da identidade germânica no município.
“Desde que foram criadas, as Sociedades promovem festas, desfiles, premiações e bailes, entre outras comemorações e encontros que têm ligação direta com o Tiro Esportivo. Um exemplo são as celebrações dos Reis e Rainhas do Tiro que são promovidas até hoje nesses lugares”, salienta Valéria.
Se aprovado, esse reconhecimento como Patrimônio Imaterial valerá para os espaços que sediam não só a prática esportiva, como todas as demais tradições que compõem essa manifestação cultural.
“É importante salientar que estão nessa categoria as sociedades inscritas na Associação Joinvilense de Tiro ao Alvo (AJTA)”, conclui Valéria.
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