Supertelescópio James Webb captura imagens mais detalhadas de galáxia; veja

Foto foi comparada com imagem feita com equipamento anterior

Supertelescópio James Webb captura imagens mais detalhadas de galáxia; veja

Foto foi comparada com imagem feita com equipamento anterior

Redação O Município Joinville

Nesta terça-feira, 27 a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou imagem obtida da galáxia IC 5332 pelo supertelescópio James Webb da NASA/ESA/CSA. Com o novo equipamento foram revelados maiores detalhes da galáxia.

Até então, a imagem mais atual da galáxia tinha sido feita pelo telescópio Hubble da NASA/ESA. Ao serem comparadas, as imagens exibem os poderosos recursos que os dois telescópios espaciais líderes mundiais fornecem, especialmente ao combinar seus dados.

Confira:

 

NASA/ESA/CSA
Imagem do Hubble da mesma galáxia observada pelo James Webb, a IC 5332. — Foto: ESA/Webb, NASA & CSA, J. Lee and the PHANGS-JWST and PHANGS-HST Teams

Conforme a ESA, a imagem do Webb mostra a galáxia espiral em detalhes sem precedentes. O resultado só foi possível devido a um novo equipamento, o “Mid-InfraRed Instrument” (MIRI).

A galáxia IC 5332 fica a mais de 29 milhões de anos-luz da Terra e tem um diâmetro de aproximadamente 66 mil anos-luz, que é um pouco maior que a Via Láctea. De acordo com a ESA, essa galáxia em específico chama atenção, pois está quase perfeitamente de frente para o planeta Terra, o que permite a varredura simétrica de seus braços espirais.

Explicação das imagens

Quando comparadas as imagens entre o Hubble e Webb algumas diferenças são imediatamente óbvias. A imagem do Hubble mostra regiões escuras que parecem separar os braços espirais, enquanto a imagem do Webb mostra mais um emaranhado contínuo de estruturas que ecoam a forma dos braços espirais.

Essa diferença se deve à presença de regiões empoeiradas na galáxia. A luz ultravioleta e visível são muito mais propensas a serem espalhadas pela poeira interestelar do que a luz infravermelha. Portanto, as regiões empoeiradas podem ser identificadas facilmente na imagem do Hubble, como as regiões mais escuras pelas quais grande parte da luz ultravioleta e visível da galáxia não conseguiu viajar.

Essas mesmas regiões empoeiradas não estão mais escuras na imagem Webb, já que a luz infravermelha média da galáxia conseguiu passar por elas.

Diferentes estrelas são visíveis nas duas imagens, o que pode ser explicado porque certas estrelas brilham mais nos regimes ultravioleta, visível e infravermelho, respectivamente. As imagens se complementam de maneira notável, cada uma nos contando mais sobre a estrutura e composição do IC 5332.

MIRI

Contribuído sob a liderança da ESA e da NASA, o MIRI é o primeiro instrumento que fornece imagens de infravermelho médio que são nítidas o suficiente para serem facilmente combinadas com a visão do Hubble em comprimentos de onda mais curtos.

Uma das características mais notáveis ​​do MIRI é que ele opera em temperaturas extremamente geladas. O limite do equipamento é de -266 °C,  isso significa que o MIRI opera em um ambiente apenas 7 °C mais quente que a temperatura mais baixa possível de acordo com as leis da termodinâmica.

O MIRI requer esse ambiente frio para que seus detectores altamente especializados funcionem corretamente e possui um sistema de resfriamento ativo dedicado para garantir que seus detectores sejam mantidos na temperatura correta.

A ESA destaca que o quão desafiador é obter observações na região do infravermelho médio do espectro eletromagnético. O infravermelho médio é incrivelmente difícil de observar da Terra, pois muito dele é absorvido pela atmosfera do planeta, além disso, o calor da atmosfera complica ainda mais as coisas.

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